Summary: | Resumo Em "A causa secreta", Machado de Assis narra a amizade de dois homens, Fortunato e Garcia, marcada por encontros fortuitos e um cenário de adultério e violência. A fortuna crítica em volta do conto desafia a revelação apresentada pelo narrador e mostra horizontes não contemplados pela mente do analista: Paul Dixon ressalta a função do olhar que recai sobre os eventos; Abel Barros Baptista se debruça sobre o papel do analista; Silviano Santiago desconfia das verdadeiras motivações dos encontros fortuitos; Baptista, outra vez, relaciona a arbitrariedade da solução do relato com a arbitrariedade da construção do conto; e Eliane Robert Moraes investiga as conexões entre a prosa machadiana e a do Marquês de Sade. Esse movimento de desconfiança mimetiza a crise do narrador em geral, e a do narrador machadiano em particular, mas também aponta para o segredo da alteridade.
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