Summary: | RESUMO Este artigo analisa as conexões religiosas entre africanos libertos que transitavam entre a Irmandade do Rosário dos Pretos de Santo Antônio e o culto islâmico no Recife do século XIX. Para os africanos que viveram as experiências de escravidão e de liberdade no Brasil, o pertencimento a mais de uma comunidade religiosa era relevante para assegurar seus arranjos políticos e sociais ou mesmo garantir a manutenção de sua cultura. Este foi o caso de algumas pessoas cujas trajetórias estão vinculadas ao Recife escravista. A proposta dessa discussão é abordar as conexões entre práticas e saberes de religiões africanas em meio ao catolicismo. As principais fontes de pesquisa foram testamentos e inventários post-mortem, jornais e registros paroquiais, que foram analisadas sob as lentes da microanálise italiana.
|