Summary: | RESUMO: Este artigo, com base nos estudos de Psicanálise e Educação e em suas concepções de linguagem simbólica (Simbólico), sujeito da enunciação, narcisismo (Imaginário), alienação e separação, e ainda mestria da linguagem, pretende analisar o principal personagem da série espanhola Merlí, o professor de filosofia homônimo que leciona no Ensino Médio. Tal análise é revestida de interesse posto que Merlí encarna um ideal de docência contemporâneo. Merlí, de acordo com este artigo, se posiciona como o “mestre” do discurso, além de desconstruir as regras da escola a fim de emancipar seus jovens discípulos das relações de poder que ocorrem em sala de aula. O artigo propõe que a posição narcísica de Merlí torna difícil aos alunos a conquista de um lugar de enunciação. No mais, a desconstrução radical da escola talvez confunda as relações de poder entre professores e alunos com os laços simbólicos entre eles, laços que são essenciais à formação.
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