Acidentes de Motocicletas e sua relação com o trabalho: revisão da literatura

Introdução: na última década, no Brasil, vem-se observando um importante aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas, veículo que ganha cada vez mais aceitação e aprovação da população, por ser ágil e de baixo custo. Objetivo: o objetivo deste estudo foi, através de revisão da literatura,...

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Bibliographic Details
Main Authors: Ivan Dieb Miziara, Carmen Silvia Molleis Galego Miziara, Lys Esther Rocha
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Sao Paulo 2014-12-01
Series:Saúde, Ética & Justiça
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/100092
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Carmen Silvia Molleis Galego Miziara
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description Introdução: na última década, no Brasil, vem-se observando um importante aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas, veículo que ganha cada vez mais aceitação e aprovação da população, por ser ágil e de baixo custo. Objetivo: o objetivo deste estudo foi, através de revisão da literatura, descrever os principais aspectos dos acidentes de trânsito com motocicletas e sua relação com o trabalho. Método: trata-se de estudo descritivo realizado por revisão de literatura nas principais bases de dados de livre acesso. Os critérios de inclusão foram artigos científicos e publicações dos últimos 10 anos, pricipalmente, com dados brasileiros ou de outros países. Os textos selecionados foram em português, inglês e espanhol e os descritores utilizados foram: motocicleta, acidente de trânsito, acidente de trabalho, epidemiologia, mortalidade e mortalidade ocupacional. Resultados: a motocicleta representa, no Brasil, um meio de transporte socialmente importante, especialmente para a classe trabalhadora, que a utiliza para transporte próprio ou como meio de prestação de serviços como mototaxi, motoboy ou motofrete. O perfil dos acidentados com uso de motocicletas tem, em geral, é do sexo masculino, jovem (20 a 30 anos), com baixa escolaridade e que veem no trabalho de motoboy ou mototaxi a oportunidade de se inserir no mercado de trabalho e de conseguir sustento para si e para a família. Os motociclistas trabalham principalmente no ramo de transporte de alimentos e para drogarias. Como fatores de risco, foram identificados: alta exposição a riscos de toda sorte (físicos, químicos, psicossociais); dirigir em situações de cansaço físico e mental, consumo prévio de álcool, jornadas expandidas horas diárias. Os motociclistas nem sempre possuíam registro em carteira profissional e em poucos casos foi emitida a comunicação de acidente de trabalho. Conclusão: são poucos os estudos realizados no Brasil que abordam os aspectos sobre o trabalho dos motociclistas. Entretanto, acreditamos que o primeiro passo precisa ser dado, e ele se apoia em um tripé de ações proativas: educação dos motoboys (com curso de direção defensiva, como determina a atual legislação); orientação dirigida a patrões e consumidores com campanhas de esclarecimento; e fiscalização rigorosa dos órgãos municipais e federais, ligados ao Ministério do Trabalho, sobre as condições de trabalho a que esses profissionais estão submetidos.
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