Mulheres, mães, educadoras: notas sobre (im)possibilidades na transmissão do cuidado
Este artigo parte de uma experiência de acompanhamento em Escolas de Educação Infantil. Para além do olhar direcionado aos bebês no contexto da pesquisa, voltou-se a atenção também para as educadoras. Propõe-se, neste escrito, trazer à tona questões perpassadas por aspectos sócio-histórico-culturais...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal de Santa Maria
2022-06-01
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Series: | Educação (UFSM) |
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author | Kellen Evaldt Arrosi Andrea Gabriela Ferrari Milena da Rosa Silva |
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description | Este artigo parte de uma experiência de acompanhamento em Escolas de Educação Infantil. Para além do olhar direcionado aos bebês no contexto da pesquisa, voltou-se a atenção também para as educadoras. Propõe-se, neste escrito, trazer à tona questões perpassadas por aspectos sócio-histórico-culturais que parecem refletir no fazer cotidiano dessas mulheres e nas suas possibilidades de transmissão do cuidado às crianças. Para a composição do trabalho, foram utilizadas vinhetas retiradas dos diários clínicos de duas pesquisadoras que acompanharam semanalmente uma turma de berçário 1 durante 7 meses. Na análise dos dados, se fez presente uma dificuldade das educadoras em entregarem-se corporalmente aos cuidados dos bebês. A partir de trabalhos que apontam para um apagamento histórico da relevância das amas-de-leite e das babás na formação subjetiva da sociedade brasileira, propõe-se uma transposição dessa situação às profissionais da educação infantil, também encarregadas do cuidado primordial de crianças das quais não são mães. Tal apagamento funcionaria como um barramento realizado pelas famílias e pela cultura diante da possibilidade da construção de intimidade entre o bebê e a educadora e das trocas corporais entre a dupla. Além disso, são analisados efeitos de intervenções que promoveram um reconhecimento da função e da importância das profissionais. Dessa maneira, reflete-se sobre a função do reconhecimento como forma de cuidado, tanto no âmbito do trabalho na educação infantil quanto em um aspecto macro, levando em conta marcadores sociais, como aqueles de gênero e de raça.
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spelling | doaj.art-e0e4d537423c43caae34d04782ea98762023-08-16T01:49:19ZspaUniversidade Federal de Santa MariaEducação (UFSM)1984-64442022-06-0147110.5902/1984644455362Mulheres, mães, educadoras: notas sobre (im)possibilidades na transmissão do cuidadoKellen Evaldt Arrosi0Andrea Gabriela Ferrari1Milena da Rosa Silva2Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).Este artigo parte de uma experiência de acompanhamento em Escolas de Educação Infantil. Para além do olhar direcionado aos bebês no contexto da pesquisa, voltou-se a atenção também para as educadoras. Propõe-se, neste escrito, trazer à tona questões perpassadas por aspectos sócio-histórico-culturais que parecem refletir no fazer cotidiano dessas mulheres e nas suas possibilidades de transmissão do cuidado às crianças. Para a composição do trabalho, foram utilizadas vinhetas retiradas dos diários clínicos de duas pesquisadoras que acompanharam semanalmente uma turma de berçário 1 durante 7 meses. Na análise dos dados, se fez presente uma dificuldade das educadoras em entregarem-se corporalmente aos cuidados dos bebês. A partir de trabalhos que apontam para um apagamento histórico da relevância das amas-de-leite e das babás na formação subjetiva da sociedade brasileira, propõe-se uma transposição dessa situação às profissionais da educação infantil, também encarregadas do cuidado primordial de crianças das quais não são mães. Tal apagamento funcionaria como um barramento realizado pelas famílias e pela cultura diante da possibilidade da construção de intimidade entre o bebê e a educadora e das trocas corporais entre a dupla. Além disso, são analisados efeitos de intervenções que promoveram um reconhecimento da função e da importância das profissionais. Dessa maneira, reflete-se sobre a função do reconhecimento como forma de cuidado, tanto no âmbito do trabalho na educação infantil quanto em um aspecto macro, levando em conta marcadores sociais, como aqueles de gênero e de raça. https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/55362educadoraseducação infantilpsicanálise |
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