Summary: | Partindo das reflexões de Édouard Glissant em “Para a opacidade”, evoco Blimunda Sete-Luas, personagem-protagonista do Memorial do Convento, como aquela que surge trazendo luz aos espaços recônditos da História, marginalizados pelas Leis do seu tempo e espaço, mas respeitando-lhes o segredo, pois o segredo para os oprimidos da História é estratégia de sobrevivência. Minha hipótese é a de que a relação entre a visão singular de Blimunda e o direito à opacidade como uma prática de liberdade e bem-viver se pode comprovar através da forma como a personagem constrói sua relação de amor com Baltasar Sete-Sóis.
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