O matadouro municipal de Ponta Grossa e a historicidade da matança animal, centralizada no fim do século XIX

Até a primeira metade do século XIX, a morte de animais para o consumo humano era realizada sem fiscalização e, normalmente, de forma precária. Durante esse período começaram a emergir preocupações em relação à racionalização e à modernização dos espaços urbanos. Uma intervenção cada vez maior dos p...

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Bibliographic Details
Main Authors: Lucas Erichsen, Alessandra Izabel de Carvalho
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2016-10-01
Series:Diálogos
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/33871
Description
Summary:Até a primeira metade do século XIX, a morte de animais para o consumo humano era realizada sem fiscalização e, normalmente, de forma precária. Durante esse período começaram a emergir preocupações em relação à racionalização e à modernização dos espaços urbanos. Uma intervenção cada vez maior dos poderes públicos na dinâmica social implicou a revisão de vários aspectos que diziam respeito aos diferentes momentos da produção da carne tais como as condições de criação e morte das reses; novas demandas sobre a higienização dos locais de matança; necessidade de centralização, municipalização e fiscalização dos abates; a disciplinarização do trabalho dos abatedores; e o gradual deslocamento dos matadouros para longe do espaço urbano e da visão da população implicando em esmaecimento de preocupações éticas sobre a morte animal. Este artigo analisa a fase inicial desse processo de transformação dos matadouros utilizando como estudo de caso específico a criação do matadouro municipal de Ponta Grossa/PR, em 1888.
ISSN:1415-9945
2177-2940