Profissionalidade docente nas políticas curriculares para a Educação Infantil no Brasil:
O artigo investiga, do ponto vista da Teoria Política do Discurso, de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, as articulações discursivas de diferentes agentes e organizações que, no Brasil, disputaram hegemonia em torno da profissionalidade docente para a Educação Infantil no contexto de produção das Dire...
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|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS
2023-03-01
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| Series: | Revista Diálogo Educacional |
| Online Access: | https://periodicos.pucpr.br/dialogoeducacional/article/view/29756 |
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| author | Juliana Diniz Gutierres Borges Maria Manuela Alves Garcia |
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| description | O artigo investiga, do ponto vista da Teoria Política do Discurso, de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, as articulações discursivas de diferentes agentes e organizações que, no Brasil, disputaram hegemonia em torno da profissionalidade docente para a Educação Infantil no contexto de produção das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (BRASIL, 2009) e da Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil – BNCC/EI (BRASIL, 2018). Como estratégia de pesquisa, manejou-se com formações discursivas, fazendo emergir as contingencialidades que possibilitaram a constituição de certos discursos frente a um exterior antagônico. Argumenta-se que múltiplas formações discursivas acerca da infância, do ser e do agir docentes, deixaram rastros nesses documentos, ressaltando-se a precariedade dos sentidos que se estabilizaram, sendo, portanto, impossível a fixação de um sentido específico e último dessa docência e sua formação profissional, pela existência de outros enunciados que disputam a hegemonia, ameaçam e se antagonizam nos processos políticos. Aposta-se na descentralização dos sujeitos. Crianças e professoras de Educação Infantil existem através das relações que estabelecem entre si, sempre em contextos particulares. As identificações são construídas e reconstruídas em contextos específicos, mutáveis. Constituem-se em processos híbridos e justapostos, construídos de maneira dinâmica e fluida. Estudar as políticas curriculares a partir desse enfoque discursivo possibilitou deslocamentos de articulações de sentidos e a reconfiguração de modos instituídos de docência, desestabilizando estruturas tidas como estáveis. |
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| publishDate | 2023-03-01 |
| publisher | Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS |
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| spelling | doaj.art-e2939dfa658f4c9ba267b9c8e7c7940c2023-03-28T12:10:14ZengEditora Universitária Champagnat - PUCPRESSRevista Diálogo Educacional1518-34831981-416X2023-03-01237610.7213/1981-416X.23.076.AO0617168Profissionalidade docente nas políticas curriculares para a Educação Infantil no Brasil:Juliana Diniz Gutierres Borges0https://orcid.org/0000-0002-5765-0181Maria Manuela Alves Garcia1https://orcid.org/0000-0003-0127-4276Universidade Federal de Pelotas (UFPel)Universidade Federal de Pelotas (UFPel)O artigo investiga, do ponto vista da Teoria Política do Discurso, de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, as articulações discursivas de diferentes agentes e organizações que, no Brasil, disputaram hegemonia em torno da profissionalidade docente para a Educação Infantil no contexto de produção das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (BRASIL, 2009) e da Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil – BNCC/EI (BRASIL, 2018). Como estratégia de pesquisa, manejou-se com formações discursivas, fazendo emergir as contingencialidades que possibilitaram a constituição de certos discursos frente a um exterior antagônico. Argumenta-se que múltiplas formações discursivas acerca da infância, do ser e do agir docentes, deixaram rastros nesses documentos, ressaltando-se a precariedade dos sentidos que se estabilizaram, sendo, portanto, impossível a fixação de um sentido específico e último dessa docência e sua formação profissional, pela existência de outros enunciados que disputam a hegemonia, ameaçam e se antagonizam nos processos políticos. Aposta-se na descentralização dos sujeitos. Crianças e professoras de Educação Infantil existem através das relações que estabelecem entre si, sempre em contextos particulares. As identificações são construídas e reconstruídas em contextos específicos, mutáveis. Constituem-se em processos híbridos e justapostos, construídos de maneira dinâmica e fluida. Estudar as políticas curriculares a partir desse enfoque discursivo possibilitou deslocamentos de articulações de sentidos e a reconfiguração de modos instituídos de docência, desestabilizando estruturas tidas como estáveis.https://periodicos.pucpr.br/dialogoeducacional/article/view/29756 |
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