Summary: | Ao longo do litoral norte do Estado de São Paulo, diques alcalinos e de composições variando desde básicas a intermediárias ocorrem paralelamente aos lineamentos de direção geral NE-SW do Complexo Costeiro precambriano. As composições alcalinas vão desde lamprófiros picríticos, camptonitos, monchiquitos, biotita lamprófiros, tefritos a raros alnöitos, enquanto aquelas básicas a intermediárias são classificadas quimicamente como basaltos, traquibasaltos e traquiandesitos basálticos. Os diques alcalinos contêm olivinas de composição forsterítica, com 72 < Fo < 88, exceto nas dos tefritos, em que 46 < Fo < 68. Os alnöitos e biotita lamprófiros apresentam biotitas zonadas, caracterizadas pelo aumento de Fe e Al, comportamento variado do Ti e diminuição de Mg do núcleo (flogopítico) para a borda (biotítica). Para as biotitas dos demais lamprófiros e tefritos, Ti diminui com o aumento de Fe, enquanto naquelas dos diques de composições básicas a intermediárias o comportamento é oposto, com aumento concomitante de Ti e Fe. Os diques alcalinos apresentam cromoespinélios zonados em que se observa diminuição de Al, Mg e Cr e aumento de Ti e Fe do centro para a borda. Os teores mais elevados de Al e Mg correspondem aos espinélios de Fe-Ti do alnöito. Nos demais lamprófiros, Al e Mg diminuem com o aumento de Fe nesses espinélios. Os teores de Al são relativamente mais baixos e de Mg em geral nulos nos espinélios de Fe-Ti dos basaltos, traquibasaltos e traquiandesitos basálticos, que se caracterizam como titanomagnetitas. Apenas nessas rochas aparecem ilmenitas. Principalmente Mg e Al caracterizam o quimismo dos minerais máficos e óxidos dos diques alcalinos, enquanto Fe e Ti caracterizam esses minerais das rochas de composições básicas a intermediárias. O alnöito e os biotita lamprófiros destacam-se pela afinidade carbonatítica, indicada, por exemplo, pela composição dos piroxênios. Os demais lamprófiros e tefritos devem ter evoluído de basaltos alcalinos, enquanto as rochas de dique de composições básicas a intermediárias assemelham-se com as rochas basálticas da Bacia do Paraná.
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