Summary: | O presente artigo investiga a possibilidade de um pensamento nãoreificado no ato de “resgate” por meio da crítica. Se o objetivo de tal pensamento fosse resgatar algo sem se tornar com isso afirmativo, se quisesse reter algo que está a ponto de desaparecer para sempre, sem com isso se tornar um instrumento de apologia para o status quo, então que tipo de relação poderia ser imaginada para conectar o âmbito do pensamento vigilante, e a escrita crítica que o acompanha, com o resgate não-afirmativo de seus objetos elusivos e não-idênticos a si próprios? Uma reconsideração do diálogo crítico entre Walter Benjamin e Theodor W. Adorno, no qual o conceito de “resgate” desempenha um papel central, assim como uma leitura cerrada de passagens-chave de obras tais como as Passagens e a Dialética Negativa, oferecem idéias significativas sobre a centralidade e dificuldade dessa questão, tanto para a Escola de Frankfurt, quanto para o pensamento crítico de forma geral.
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