Gradação visual na música micropolifônica de György Ligeti

Neste artigo estudamos aspectos da música micropolifônica de György Ligeti. Tratamos da construção rítmica e harmônica, da técnica da talea e do cânone em Lux Aeterna, dos limiares da percepção e dos processos de evolução progressiva do tempo. Estabelecemos correspondências entre a gradação visual e...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Claudio Horacio Vitale
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Uberlândia 2016-12-01
Series:OuvirOUver
Subjects:
Online Access:http://www.seer.ufu.br/index.php/ouvirouver/article/view/33645
Description
Summary:Neste artigo estudamos aspectos da música micropolifônica de György Ligeti. Tratamos da construção rítmica e harmônica, da técnica da talea e do cânone em Lux Aeterna, dos limiares da percepção e dos processos de evolução progressiva do tempo. Estabelecemos correspondências entre a gradação visual e a gradação sonora tomando como ponto de partida as reflexões desenvolvidas por Wicius Wong na área do desenho gráfico. Este tipo de análise traz à tona as semelhanças entre imagens e sons que o próprio compositor comenta em escritos e entrevistas. A ilusão, própria da gradação, é um dos efeitos causados tanto pelas obras de arte de artistas como Escher ou Klee, quanto pelas obras do próprio compositor. Concluímos que, ao representarmos visualmente processos musicais observamos comportamentos semelhantes; podemos "ouvir" as transformações progressivas de um desenho, como "ver" a construção gradual de uma música.
ISSN:1809-290X
1983-1005