Uma explicação cognitiva do ‘segue-se’
O principal ponto de partida de qualquer lógica dedutiva é o fato de que alguns enunciados se seguem necessariamente de outros. A lógica fornece regras que nos permitem demonstrar essas conexões entre enunciados, mas ainda é possível indagar por que devemos aceitar essas regras. Há v...
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Published: |
Universidade Federal do Ceará
2015-01-01
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O principal ponto de partida de qualquer lógica dedutiva é o fato de que alguns enunciados se seguem necessariamente de outros. A lógica fornece regras que nos permitem demonstrar essas conexões entre enunciados, mas ainda é possível indagar por que devemos aceitar essas regras. Há várias respostas possíveis. Neste artigo, farei uma rápida análise de algumas delas, mas me concentrarei em expor e analisar a resposta cognitiva, segundo a qual as regras da lógica devem ser aceitas porque temos certos mecanismos inatos de processamento dedutivo que nos capacitam a ver que as inferências lógicas elementares são válidas. Ao analisar essa explicação, tentarei mostrar também que ela parece nos remeter a uma tese metafísica mais forte, a saber, a tese de que o desenho de nosso módulo de processamento lógico nos diz algo sobre as propriedades lógicas do nosso mundo.
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