Uso de anticolinesterásicos na doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência, caracterizada por início insidioso e curso progressivo, com declínio cognitivo, comprometimento da autonomia e da capacidade de realização de atividades de vida diária, alterações de humor e de comportamento. Ao longo do curso da doença,...

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Bibliographic Details
Main Authors: Kellen Klein Pereira, Valeska Marinho Rodrigues
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) 2015-06-01
Series:Debates em Psiquiatria
Subjects:
Online Access:https://revistardp.org.br/revista/article/view/911
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description A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência, caracterizada por início insidioso e curso progressivo, com declínio cognitivo, comprometimento da autonomia e da capacidade de realização de atividades de vida diária, alterações de humor e de comportamento. Ao longo do curso da doença, podem ser observadas manifestações clínicas de diversas naturezas: cognitivas, com declínio na capacidade mnêmica, de linguagem, visuoespacial, habilidades construcionais, função executiva, entre outras; comportamentais, como depressão, ansiedade, comportamento violento/agitado; insônia; comprometimento da capacidade de realização de atividades de vida diária; impacto sobre independência e qualidade de vida do paciente e seu cuidador. Atualmente, o tratamento da DA se baseia no uso de inibidores da colinesterase, com a proposta de estabilizar ou alentecer o curso da doença. As evidências disponíveis sugerem uma melhora média de -2,7 pontos (intervalo de confiança de 95%: -3,0 a -2,3) na faixa de 70 pontos na Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Cognitive Subscale (ADAS-cog) por um período de 6 meses a 1 ano em pacientes com demência leve, moderada e grave, além de melhor controle dos sintomas comportamentais associados. Este artigo revisa dados recentes sobre o uso de anticolinesterásicos na DA, o momento de sua introdução, duração do tratamento e principais marcadores de eficácia.
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spelling doaj.art-e6897bf166c241859caea8cc519333282023-07-03T01:24:50ZengAssociação Brasileira de Psiquiatria (ABP)Debates em Psiquiatria2236-918X2763-90372015-06-015310.25118/2236-918X-5-3-3Uso de anticolinesterásicos na doença de AlzheimerKellen Klein Pereira0Valeska Marinho Rodrigues1Médica residente em Psiquiatria, Escola de Saúde Mental do Rio de Janeiro, Instituto Municipal Philippe Pinel, Rio de Janeiro, RJCentro para Doença de Alzheimer, Instituto de Psiquiatria (IPUB), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência, caracterizada por início insidioso e curso progressivo, com declínio cognitivo, comprometimento da autonomia e da capacidade de realização de atividades de vida diária, alterações de humor e de comportamento. Ao longo do curso da doença, podem ser observadas manifestações clínicas de diversas naturezas: cognitivas, com declínio na capacidade mnêmica, de linguagem, visuoespacial, habilidades construcionais, função executiva, entre outras; comportamentais, como depressão, ansiedade, comportamento violento/agitado; insônia; comprometimento da capacidade de realização de atividades de vida diária; impacto sobre independência e qualidade de vida do paciente e seu cuidador. Atualmente, o tratamento da DA se baseia no uso de inibidores da colinesterase, com a proposta de estabilizar ou alentecer o curso da doença. As evidências disponíveis sugerem uma melhora média de -2,7 pontos (intervalo de confiança de 95%: -3,0 a -2,3) na faixa de 70 pontos na Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Cognitive Subscale (ADAS-cog) por um período de 6 meses a 1 ano em pacientes com demência leve, moderada e grave, além de melhor controle dos sintomas comportamentais associados. Este artigo revisa dados recentes sobre o uso de anticolinesterásicos na DA, o momento de sua introdução, duração do tratamento e principais marcadores de eficácia. https://revistardp.org.br/revista/article/view/911Doença de Alzheimertratamentoanticolinesterásicos
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