Summary: | Este artigo analisa como o fundamentalismo religioso de origem protestante reagiu e reage, em suas crenças escatológicas, às conjunturas políticas, sociais e ambientais pós-1945 e qual lugar e dimensão tais discussões assumem em sua agenda política. Baseando-se numa tipologia elaborada por Moltmann (2002), serão discutidos os impactos causados pela expectativa dos três “apocalipses contemporâneos”: o apocalipse nuclear, o apocalipse ambiental; e o que pode ser chamado de apocalipse socioeconômico. Os momentos de crise, no decorrer do século XX, acabaram por reforçar um discurso sectário e beligerante e uma escatologia fatalista no fundamentalismo religioso. A participação de políticos e lideranças religiosas fundamentalistas na esfera pública política também reflete uma posição fechada ao diálogo e focada em temas de ordem moral e religiosa, sendo as questões militares, ambientais e sociais vistas apenas como sinais dos últimos dias.
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