Summary: | Este trabalho investiga os determinantes da estrutura de capital de
1.488 PME portuguesas pertencentes à indústria transformadora. Os
resultados da análise de dados em painel de 2004-2011 sugerem que
as teorias do trade-off e da pecking-order não são mutuamente
exclusivas na explicação das decisões de estrutura de capital.
Os resultados obtidos mostram que as PME de maior dimensão
parecem utilizar mais dívida e as que dispõem de menos ativos
colaterizáveis necessitam de contrair mais dívida de curto prazo. As
empresas mais rendíveis tendem a utilizar menos dívida de longo
prazo. Por sua vez, as PME têm dificuldade em financiar o seu
crescimento com dívida de médio e longo prazo. Ao contrário do
previsto, observou-se uma relação positiva entre a especificidade dos
ativos, entendida como a estrutura tecnológica da produção, e o
endividamento. As PME mais antigas tendem a apresentar estruturas
de capital menos endividadas. A crise financeira parece ter tido impacto
na forma de financiamento das PME.
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