O papel dos quatro anos do Ensino Fundamental II na variação da primeira pessoa do plural

O objetivo deste trabalho é investigar o papel que os quatro anos do Ensino Fundamental II exercem na variação pronominal entre as formas “nós” e “a gente” e na variação gráfica entre “nós” / “nóis” e “a gente” / “agente” em textos escritos por alunos de uma escola pública estadual do interior de S...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Roberta Pereira Fiel
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Linguística 2021-11-01
Series:Cadernos de Linguística
Subjects:
Online Access:https://cadernos.abralin.org/index.php/cadernos/article/view/586
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spelling doaj.art-e74601415f684904ad676433e5e8ff012022-12-22T04:03:04ZengAssociação Brasileira de LinguísticaCadernos de Linguística2675-49162021-11-012410.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id586O papel dos quatro anos do Ensino Fundamental II na variação da primeira pessoa do pluralRoberta Pereira Fiel0Universidade Estadual Paulista (UNESP) O objetivo deste trabalho é investigar o papel que os quatro anos do Ensino Fundamental II exercem na variação pronominal entre as formas “nós” e “a gente” e na variação gráfica entre “nós” / “nóis” e “a gente” / “agente” em textos escritos por alunos de uma escola pública estadual do interior de São Paulo. O material utilizado faz parte do Banco de Dados de Escrita do Ensino Fundamental II. Como aparato teórico-analítico, assumimos a heterogeneidade constitutiva da escrita, proposta por Corrêa (1997, 2004), a qual prevê que as relações entre os modos de enunciação falado e escrito e as práticas sociais orais e letradas possuem uma relação de constituição e não de interferências graduais. Por meio dessa teoria, buscamos observar a circulação dos escreventes pelos três eixos de observação da heterogeneidade da escrita, o eixo da representação da gênese da escrita, o eixo da representação do código escrito institucionalizado e o eixo da dialogia com o já falado/escrito e ouvido/lido. Os dados foram analisados estatisticamente, por meio do software R, plataforma gratuita para análise de dados e os resultados sugerem que os quatro anos do Ensino Fundamental II: (i) não têm efeito sobre o uso da forma conservadora ou inovadora; (ii) contribuem para o uso convencional dos pronomes; (iii) contribuem para o uso da grafia “nós”; e (iv) contribuem para o uso da grafia “a gente”. Sobre esses resultados, argumentamos que eles apontam a circulação dos escreventes pelos três eixos, principalmente, pelo eixo do código escrito institucionalizado. https://cadernos.abralin.org/index.php/cadernos/article/view/586VariaçãoAnos escolaresPráticas sociaisLetramentoOralidade
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