A hipertensão arterial na urgência

Introdução: O termo «crise hipertensiva» corresponde a uma variedade de situações clínicas que diferem entre si, pela gravidade dos valores da pressão arterial e pela necessidade de redução mais ou menos rápida dos mesmos. Esta entidade é arbitrariamente definida como qualquer elevação da pressão...

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Main Authors: Mafalda Santos, Teresa Rodrigues
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2008-05-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
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description Introdução: O termo «crise hipertensiva» corresponde a uma variedade de situações clínicas que diferem entre si, pela gravidade dos valores da pressão arterial e pela necessidade de redução mais ou menos rápida dos mesmos. Esta entidade é arbitrariamente definida como qualquer elevação da pressão arterial diastólica acima de 120 mmHg e sintomas acompanhantes relacionados. Dependendo da existência de lesão de órgão-alvo aguda ou rapidamente progressiva, a «crise hipertensiva» pode manifestar-se como urgência ou emergência hipertensiva. Objectivos: Pretende-se apresentar uma breve revisão de conceitos básicos sobre o que é, e como diferenciar, uma verdadeira crise hipertensiva (urgência ou emergência hipertensiva) de uma «pseudocrise», qual a marcha diagnóstica desta patologia e qual a terapêutica mais adequada a implementar. Métodos: Revisão bibliográfica incluindo tratados de referência e artigos recentemente publicados na área de hipertensão arterial, nomeadamente referentes a urgências e emergências hipertensivas. Conclusão: As urgências hipertensivas e as emergências hipertensivas são igualmente denominadas «crises hipertensivas» e ambas se caracterizam por uma elevação súbita e sintomática da pressão arterial que pode ou não associar-se a uma lesão de órgão-alvo e/ou envolver risco de morte imediato ou potencial. O doente que se encontra numa situação de emergência hipertensiva, se considerado em estado grave e/ou agudo, deve ser internado numa unidade de cuidados intensivos, com monitorização da pressão arterial de forma contínua e cuidadosa, sendo necessária uma redução imediata da pressão arterial em minutos ou horas. A redução não necessita de atingir valores «normais» mas sim valores que possam afastar o risco de morte e impedir o agravamento ou deterioração de órgão-alvo. As urgências hipertensivas definem-se como elevações da pressão arterial sistólica e/ou diastólica sem evidência de lesão de órgão-alvo a curto prazo, sendo necessária uma redução gradual da pressão arterial em 24-48 horas para que ocorra a recuperação e a readaptação do doente.
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