Avaliação económica de programas de saúde - Essencial sobre conceitos, metodologia, dificuldades e oportunidades
Neste artigo tentar-se-á proporcionar uma visão geral sobre os principais métodos utilizados na avaliação económica de tecnologias de saúde e o modo como estes contribuem para que a decisão sobre a respectiva utilização possa ser baseada em evidência científica credível e obtida de forma sist...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2008-11-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Óscar Lourenço Vladimiro Silva |
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Neste artigo tentar-se-á proporcionar uma visão geral sobre os principais métodos utilizados na avaliação económica de tecnologias
de saúde e o modo como estes contribuem para que a decisão sobre a respectiva utilização possa ser baseada em evidência
científica credível e obtida de forma sistematizada e transparente.
A literatura identifica quatro tipos de avaliação económica de programas de saúde: análise de custos, análise de custo-efectividade, análise de custo-utilidade e análise de custo-benefício.
As análises de custo-efectividade (que medem as consequências em unidades naturais) e de custo-utilidade (em que as consequências são medidas em QALYs - Quality-Adjusted Life Years) são as mais frequentemente utilizadas em processos de Avaliação de Tecnologias de Saúde.
Nas situações em que não existam dados económicos ou de efectividade a nível individual provenientes de ensaios clínicos de qualidade que permitam a respectiva utilização em estudos de avaliação económica é necessário recorrer a modelos matemáticos, de modo a combinar e sintetizar toda a evidência disponível.A modelação permite também extrapolar de consequências intermédias para consequências finais ou para um horizonte temporal apropriado, incorporar elementos de incerteza e ainda extrapolar consequências dos programas de saúde (efectividade/QALYs) para o contexto real em que estes vão ser implementados.
A incerteza inevitavelmente associada a todos os tipos de avaliação económica deve ser medida e incorporada nas análises, existindo técnicas que permitem atingir este objectivo e dar ao decisor político uma medida da robustez das conclusões das avaliações económicas.
O indicador mais frequentemente adoptado para relacionar custos e consequências em estudos de avaliação económica é o Rácio Incremental Custo-Efectividade (Incremental Cost-Effectiveness Ratio - ICER) e o seu cálculo e utilização na elaboração de recomendações finais de estudos de avaliação económica será explicado no último capítulo deste texto.
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spelling | doaj.art-e7722e3b812b497bad27cf957d9c25872024-03-20T14:08:33ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812008-11-0124610.32385/rpmgf.v24i6.10572Avaliação económica de programas de saúde - Essencial sobre conceitos, metodologia, dificuldades e oportunidadesÓscar Lourenço0Vladimiro Silva1Faculdade de Economia da Universidade de CoimbraAIBILI - Unidade de Avaliação de Tecnologias de Saúde (ATS) e Ferticentro - Centro de Estudos de Fertilidade, Coimbra. Neste artigo tentar-se-á proporcionar uma visão geral sobre os principais métodos utilizados na avaliação económica de tecnologias de saúde e o modo como estes contribuem para que a decisão sobre a respectiva utilização possa ser baseada em evidência científica credível e obtida de forma sistematizada e transparente. A literatura identifica quatro tipos de avaliação económica de programas de saúde: análise de custos, análise de custo-efectividade, análise de custo-utilidade e análise de custo-benefício. As análises de custo-efectividade (que medem as consequências em unidades naturais) e de custo-utilidade (em que as consequências são medidas em QALYs - Quality-Adjusted Life Years) são as mais frequentemente utilizadas em processos de Avaliação de Tecnologias de Saúde. Nas situações em que não existam dados económicos ou de efectividade a nível individual provenientes de ensaios clínicos de qualidade que permitam a respectiva utilização em estudos de avaliação económica é necessário recorrer a modelos matemáticos, de modo a combinar e sintetizar toda a evidência disponível.A modelação permite também extrapolar de consequências intermédias para consequências finais ou para um horizonte temporal apropriado, incorporar elementos de incerteza e ainda extrapolar consequências dos programas de saúde (efectividade/QALYs) para o contexto real em que estes vão ser implementados. A incerteza inevitavelmente associada a todos os tipos de avaliação económica deve ser medida e incorporada nas análises, existindo técnicas que permitem atingir este objectivo e dar ao decisor político uma medida da robustez das conclusões das avaliações económicas. O indicador mais frequentemente adoptado para relacionar custos e consequências em estudos de avaliação económica é o Rácio Incremental Custo-Efectividade (Incremental Cost-Effectiveness Ratio - ICER) e o seu cálculo e utilização na elaboração de recomendações finais de estudos de avaliação económica será explicado no último capítulo deste texto. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10572 |
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