Summary: | O texto aborda as peças compostas por John Cage na década de 50,
nas quais utilizou o rádio como material sonoro, fundamentando sua análise nos escritos e entrevistas do compositor. A utilização do rádio nessas obras é apresentada como um meio de redefinição das categorias convencionais da música e convite a uma invenção permanente. As peças radiofônicas de Cage propõem processos originais de pensar e fazer música, inaugurando a radioarte e uma forma inovadora de performance: o happening. Através delas, Cage vai construindo aquelas que constituirão as categorias fundamentais de sua poética: o silêncio concebido como os sons do ambiente, a indeterminação e a interpenetração.
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