Avaliação do Conhecimento dos Acadêmicos de Enfermagem em Genética/Genômica sobre o Câncer de Mama

Introdução: As universidades de enfermagem não têm acompanhado as demandas relativas às disciplinas de genética, genômica ou oncologia para aperfeiçoar o conhecimento dos acadêmicos no manejo do câncer de mama, que é o mais comum entre as mulheres brasileiras, exigindo maior eficácia das políticas d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ingrid Renny Silva Palha, Cintia Yolette Urbano Pauxis Aben-Athar, Karolayne Teles Costa, Renata Glaucia Barros da Silva Lopes, Michele Monteiro Sousa, Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira, Aline Maria Pereira Cruz Ramos
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Câncer (INCA) 2021-07-01
Series:Revista Brasileira de Cancerologia
Subjects:
Online Access:https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/1337
Description
Summary:Introdução: As universidades de enfermagem não têm acompanhado as demandas relativas às disciplinas de genética, genômica ou oncologia para aperfeiçoar o conhecimento dos acadêmicos no manejo do câncer de mama, que é o mais comum entre as mulheres brasileiras, exigindo maior eficácia das políticas de detecção precoce, tratamento oportuno e aconselhamento genético. Isso se deve em parte à não obrigatoriedade de oferecer essas disciplinas na grade curricular, o que pode levar a um déficit de conhecimento e possível prejuízo da futura qualidade desses profissionais. Objetivo: Analisar se o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre os conceitos de genética e genômica aplicados ao câncer de mama está associado à grade curricular das instituições onde estudam. Método: Estudo multicêntrico, transversal, norteado pela ferramenta STROBE, realizado entre agosto/outubro de 2018. Resultados: Acadêmicos de instituições públicas apresentaram correlação entre a ausência das disciplinas genética/genômica (p=0,0001) e pouco conhecimento dos respectivos conceitos (p=0,0045). Alternativamente, os de instituições privadas mostraram maiores erros em relação ao exame clínico de mama anual a partir dos 40 anos (p=0,0009) e à periodicidade do rastreio mamográfico na população sob risco geral (p=0,0021). Os dois grupos convergiram na recomendação da mamografia à população sob risco familiar entre 35-69 anos. Conclusão: Os acadêmicos das instituições de ensino superior privadas apresentaram maiores acertos sobre conceitos de genética/genômica, pois continham a disciplina genética na grade curricular, enquanto os das instituições públicas se destacaram nos acertos relacionados ao câncer de mama sobre políticas de saúde, em razão da maior vivência prática no estágio curricular.
ISSN:0034-7116
2176-9745