PRÁTICAS (D)E PODER: A REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE DOS FOOD TRUCKS EM CURITIBA/PR – BRASIL
A partir do processo de regulamentação da atividade de comércio de alimentos e bebidas por food trucks na cidade de Curitiba/PR (Brasil), o artigo apresenta uma análise das práticas de poder entre diferentes atores institucionais (entidades do setor gastronômico, órgãos e secretarias municipais) en...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2022-08-01
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Series: | Revista de Estudos Institucionais |
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author | Krisciê Pertile Perini Julia Silvia Guivant |
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A partir do processo de regulamentação da atividade de comércio de alimentos e bebidas por food trucks na cidade de Curitiba/PR (Brasil), o artigo apresenta uma análise das práticas de poder entre diferentes atores institucionais (entidades do setor gastronômico, órgãos e secretarias municipais) envolvidos no processo. Para tanto, propõe-se uma abordagem especialmente a partir da Teoria das Práticas. Argumenta-se que as legislações restritivas impostas a atividade dos food trucks resultam sobretudo do conflito de interesses entre os seus proprietários e os de restaurantes fixos. Analisamos como as entidades de classe do setor gastronômico valem-se de sua influência política junto às secretarias e órgãos municipais, a fim de garantir o protagonismo dos segmentos que representam. Concluímos que as estratégias engendradas pelas entidades de classe dos estabelecimentos fixos, dificultam ou inviabilizam a atividade dos food trucks. Exemplos disso são (1) a fixação da distância mínima que os food trucks devem manter de feiras gastronômicas e turísticas, bem como de outros espaços fixos do comer e, (2) as vagas de estacionamento licitadas, forçando os proprietários de food trucks a operarem em áreas inviáveis do ponto de vista estrutural, econômico e de segurança. Em contrapartida, os proprietários desses veículos “navegam”, exercendo sua capacidade de poder, nas lacunas deixadas pelas normas oficiais, que tiveram consequências impremeditadas pelas entidades de classe.
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