ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TAXA DE INTERNAÇÃO POR ESQUISTOSSOMOSE NA BAHIA DURANTE O PERÍODO DE 2018 A 2022
Introdução/objetivo: A esquistossomose (EM) é uma enfermidade parasitária, desencadeada pelo helminto Schistosoma mansoni. Ela é uma doença negligenciada e endêmica em populações de baixa renda ainda que já existam medidas preventivas e tratamentos conhecidos. A EM é semelhante a outras entidades no...
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023007638 |
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author | Bianca Rios Sampaio Camila Melo de Freitas Heva Manuele de Almeida Fernandes Rodrigo Almeida Souza Letícia Jacon Vicente |
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description | Introdução/objetivo: A esquistossomose (EM) é uma enfermidade parasitária, desencadeada pelo helminto Schistosoma mansoni. Ela é uma doença negligenciada e endêmica em populações de baixa renda ainda que já existam medidas preventivas e tratamentos conhecidos. A EM é semelhante a outras entidades nosológicas, em função das manifestações clínicas plurais que ocorrem durante sua evolução. Contudo, mesmo com o conhecimento sobre o diagnóstico, a epidemiologia e as medidas de profilaxia e controle tornam-se extremamente importantes para o clínico. Devido à representação de um problema de saúde pública, o objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico bem como a sua relevância baseada na gravidade da doença tendo em conta a prevalência dos casos de internação registrados no período de janeiro de 2018 a abril de 2023. Métodos: Este artigo apresenta um estudo transversal acerca das internações por EM no estado da Bahia, entre janeiro de 2018 e abril de 2023. As informações foram retirados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM/SUS) utilizando da análise dos seguintes fatores: lista CID-10 em doenças parasitárias, apresentando variantes como faixa etária, sexo, ano do processamento e cor/raça. Resultados: Nos anos de 2018 a 2023, 91 pessoas foram internadas por Esquistossomose na Bahia segundo o SIM/SUS, sendo que 2022 apresentou a maior contagem com 26 internações, enquanto 2023 apresentou a menor contagem com 04 internações. Com base no dados, foi possível perceber que o sexo masculino foi mais afetado que o feminino com uma contagem de 15 casos de diferença entre eles. Referente à faixa etária, a mais acometida foi a dos adultos de 50 a 59 anos, deixando as menores contagens para as crianças de 1 a 4 anos, que apresentam 1,1% do total. Ademais, os pacientes pardos foram os mais afetados, representando 63,7% dos 91 internamentos, enquanto a população amarela representa apenas 3,3% do valor total. Conclusão: A EM ainda se mantém como um problema de saúde pública gerando custos e interferindo, negativamente, na qualidade de vida da população. Apesar do controle dessa doença ser complexo e necessitar de ações relacionadas a mudanças das condições de vida das populações expostas, de medidas de cuidado ambiental e de educação em saúde é imprescindível a tomada de decisões, pelo poder público, no que tange o planejamento de estratégias de prevenção, controle e divulgação dessa doença. |
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spelling | doaj.art-e973eacd1d3541a1a768be4f85a1de632023-11-16T06:08:47ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127103503ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TAXA DE INTERNAÇÃO POR ESQUISTOSSOMOSE NA BAHIA DURANTE O PERÍODO DE 2018 A 2022Bianca Rios Sampaio0Camila Melo de Freitas1Heva Manuele de Almeida Fernandes2Rodrigo Almeida Souza3Letícia Jacon Vicente4Corresponding author.; Faculdade Pitágoras de Medicina, Eunápolis, BA, BrasilFaculdade Pitágoras de Medicina, Eunápolis, BA, BrasilFaculdade Pitágoras de Medicina, Eunápolis, BA, BrasilFaculdade Pitágoras de Medicina, Eunápolis, BA, BrasilFaculdade Pitágoras de Medicina, Eunápolis, BA, BrasilIntrodução/objetivo: A esquistossomose (EM) é uma enfermidade parasitária, desencadeada pelo helminto Schistosoma mansoni. Ela é uma doença negligenciada e endêmica em populações de baixa renda ainda que já existam medidas preventivas e tratamentos conhecidos. A EM é semelhante a outras entidades nosológicas, em função das manifestações clínicas plurais que ocorrem durante sua evolução. Contudo, mesmo com o conhecimento sobre o diagnóstico, a epidemiologia e as medidas de profilaxia e controle tornam-se extremamente importantes para o clínico. Devido à representação de um problema de saúde pública, o objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico bem como a sua relevância baseada na gravidade da doença tendo em conta a prevalência dos casos de internação registrados no período de janeiro de 2018 a abril de 2023. Métodos: Este artigo apresenta um estudo transversal acerca das internações por EM no estado da Bahia, entre janeiro de 2018 e abril de 2023. As informações foram retirados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM/SUS) utilizando da análise dos seguintes fatores: lista CID-10 em doenças parasitárias, apresentando variantes como faixa etária, sexo, ano do processamento e cor/raça. Resultados: Nos anos de 2018 a 2023, 91 pessoas foram internadas por Esquistossomose na Bahia segundo o SIM/SUS, sendo que 2022 apresentou a maior contagem com 26 internações, enquanto 2023 apresentou a menor contagem com 04 internações. Com base no dados, foi possível perceber que o sexo masculino foi mais afetado que o feminino com uma contagem de 15 casos de diferença entre eles. Referente à faixa etária, a mais acometida foi a dos adultos de 50 a 59 anos, deixando as menores contagens para as crianças de 1 a 4 anos, que apresentam 1,1% do total. Ademais, os pacientes pardos foram os mais afetados, representando 63,7% dos 91 internamentos, enquanto a população amarela representa apenas 3,3% do valor total. Conclusão: A EM ainda se mantém como um problema de saúde pública gerando custos e interferindo, negativamente, na qualidade de vida da população. Apesar do controle dessa doença ser complexo e necessitar de ações relacionadas a mudanças das condições de vida das populações expostas, de medidas de cuidado ambiental e de educação em saúde é imprescindível a tomada de decisões, pelo poder público, no que tange o planejamento de estratégias de prevenção, controle e divulgação dessa doença.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023007638esquistossomose saúde pública doença negligenciada |
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