Summary: | Objetivo: Comparar a eficácia do AAS e da Varfarina na profilaxia da trombose em pacientes submetidos a operação cavopulmonar total. Avaliar se fatores de coagulação (VII, VIII e Proteína C), dados clínicos, fenestração ou fatores hemodinâmicos, interferem na trombose no pós-operatório. Métodos: Estudo prospectivo e randomizado de 30 pacientes, randomizados em Grupo I (Varfarina) e Grupo II (AAS), submetidos à derivação cavopulmonar total com tubo extracardíaco, entre 2008 e 2011, com seguimento de dois anos. Foram realizadas consultas clínicas que avaliavam efeitos colaterais e aderência. Realizado ecocardiograma transesofágico no pós-operatório imediato, 3, 6,12 e 24 meses; angiotomografia aos 6, 12 e 24 meses de pós-operatório para avaliação de alterações na parede interna do tubo ou trombos e cintilografia pulmonar, para avaliar possível TEP. Resultados: Dois óbitos no grupo I; 33,3% dos pacientes apresentaram trombo (46,7% no Grupo II). A ocorrência prévia de trombo e baixos níveis de proteína C da coagulação foram os únicos fatores que influenciaram no tempo livre de trombo (P=0,035 e 0,047). Avaliação angiotomográfica: 35,7% dos pacientes do grupo II tinham atapeteamento maior que 2 mm (P=0,082). Cintilografia: dois pacientes apresentaram TEP no grupo II. Cinco pacientes tiveram dificuldade de aderência, 4 no grupo I com INR variando de 1 a 6,4. Conclusão: A ocorrência prévia de trombo é um fator de risco para trombose no pós-operatório. Pacientes em uso de AAS tendem a depósito de material na parede do tubo. O número reduzido da amostra não permitiu concluir qual a droga mais eficaz na prevenção da trombose na população estudada.
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