Summary: | O presente trabalho pretende discutir as bases históricas do ideário que atribui à educação certa responsabilidade pela liberdade do indivíduo, pela emancipação da humanidade, enfim, pela transformação do mundo social. Com uma revisão bibliográfica dos principais autores que influenciam no pensamento pedagógico contemporâneo, apresenta-se como se consolida a proposta burguesa de emancipação pela libertação individual, o que acarretaria numa transformação social. A partir daí, se discute o entendimento de liberdade e emancipação na perspectiva marxiana, que almeja uma revolução social como condição primeira para essas aspirações. Assim, uma pedagogia que se pretenda emancipadora não pode se furtar da discussão da superação do sistema social capitalista, compreendendo que é função da educação a formação do sujeito que compreende as raízes de sua alienação e a necessidade de uma transformação da realidade social, na qual seria possível à humanidade ser livre, emancipada. Desta forma, se conclui que não é possível para a educação realizar a libertação e consequente emancipação da humanidade, mas esta se apresenta como substancial para a criação de condições necessárias para se alcançar esse fim.
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