RETRAÇÃO TARDIA DO SACO ANEURISMÁTICO DA AORTA ABDOMINAL APÓS COLOCAÇÃO DE ENDOPRÓTESE

Introdução: Nos últimos anos o EVAR tem se afirmado cada vez mais como principal opção cirúrgica para correção do AAA sem rotura. Este procedimento apresenta indicações clínicas e anatómicas específicas, no entanto estas não impedem o aparecimento de complicações a longo prazo associadas ao EVAR....

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Main Authors: André Filipe Viseu dos Santos, Mário Marques Vieira, Luís Vilaça, Ana Ferreira, João Oliveira, António Assunção
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular 2018-12-01
Series:Angiologia e Cirurgia Vascular
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Online Access:https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/94
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description Introdução: Nos últimos anos o EVAR tem se afirmado cada vez mais como principal opção cirúrgica para correção do AAA sem rotura. Este procedimento apresenta indicações clínicas e anatómicas específicas, no entanto estas não impedem o aparecimento de complicações a longo prazo associadas ao EVAR. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo de todos os doentes submetidos a EVAR no Hospital em estudo, entre 01/01/2010 e 31/12/2016. Após seleção de 52 doente, aplicaram-se os critérios de exclusão e obteve-se 26 doentes para estudo. Procedeu-se à análise estatística dessa amostra com o intuito de avaliar a existência de algum fator que se relacionasse ou permitisse prever a retração aneurismática pós-EVAR. Resultados: Realizaram-se testes de correlação onde apenas a variável História de Tabagismo mostrou significância estatística (Spearman r=-,390; p=0,049). Esta alteração foi posteriormente comprovada com uma análise de Comparação de médias onde ser verificou a existência de diferença significativa das médias de retração entre o grupo com História de Tabagismo (este com maior retração) e o grupo sem História de Tabagismo. Verificou-se a influência desta variável na retração através da análise de Regressão linear, na qual se verificou significância estatística (p=0,032; B=-6,538) comprovando a influência na retração. Numa análise de regressão linear para as restantes variáveis, apesar de mais nenhuma demonstrar significância, a variável maior diâmetro do colo foi a que apresentou maior influência na retração, com B=8,047 e valor de p mais perto da significância (p=0,058). Na regressão Binária apenas a variável % trombo no colo apresentou significância fora da equação, não apresentando posteriormente significância estatística (p=0,071; Exp(B)=0,121) na equação. Conclusão: Em suma, este estudo permite-nos inferir que a realização de EVAR em doentes com AAA apresenta melhores resultados quando os doentes possuem história de tabagismo. Adicionalmente verifica-se uma tendência para a existência de uma relação da variável % trombo no colo com a retração do AAA pós-EVAR.
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