Os núcleos aplicativos e as línguas indígenas brasileiras

Neste trabalho, investigamos a ocorrência de construções aplicativasem três línguas indígenas brasileiras: Paumari (família Arawá),Guarani e Tupinambá (família Tupi-Guarani). À luz da tipologia dePylkkänen (2000, 2002) para os núcleos aplicativos, identificamosdois tipos de estruturas aplicativas na...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marcia Maria Damaso Vieira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2012-11-01
Series:Revista de Estudos da Linguagem
Subjects:
Online Access:http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/2544
Description
Summary:Neste trabalho, investigamos a ocorrência de construções aplicativasem três línguas indígenas brasileiras: Paumari (família Arawá),Guarani e Tupinambá (família Tupi-Guarani). À luz da tipologia dePylkkänen (2000, 2002) para os núcleos aplicativos, identificamosdois tipos de estruturas aplicativas nas línguas observadas: (i) aquelasque só ocorrem com verbos intransitivos e que liberam objetos compapéis temáticos variados (fonte, comitativo, instrumento, etc.)(Aplicativas Altas); e (ii) as que só se manifestam com verbostransitivos e introduzem objetos com papéis temáticos específicos:fonte ou alvo / benefactivo (Aplicativas Baixas). Através dessatipologia, foi possível identificar dois tipos de construções aplicativasem Tupi-Guarani, ainda não reconhecidos por outros investigadoresdessas línguas, a saber: as causativas comitativas e as estruturascom ascensão do possuidor (Possessor Stranding).
ISSN:0104-0588
2237-2083