Summary: | Estresse oxidativo é um distúrbio metabólico no qual moléculas instáveis, também denominadas espécies reativas, ocasionam injúrias celulares devido a reações de óxido-redução com moléculas orgânicas, tais como fosfolipídeos, proteínas e DNA. Essas injúrias podem acarretar perda da função celular e, consequentemente, disfunções importantes nos sistemas orgânicos. Tais espécies são formadas constantemente na fisiologia celular normal, seja através do metabolismo do oxigênio ou dos aminoácidos, gerando, respectivamente, as espécies reativas do oxigênio (EROS) e espécies reativas do nitrogênio (ERNS). Devido ao potencial tóxico dessas moléculas, mecanismos de proteção endógenos e exógenos, representados pelos agentes antioxidantes, entram em ação para neutralizar esses compostos e impedir a injúria celular. Quando a produção dessas espécies excede a capacidade antioxidante do organismo, o metabolismo celular entra em estresse oxidativo. Em certos casos, as produções das EROS e ERNS tornam-se desejáveis, como exemplo nos distúrbios inflamatórios, onde participarão da produção de mediadores inflamatórios, porém a exacerbação dessa produção pode ser prejudicial, sendo importante conhecer o status oxidativo para controlar a progressão do distúrbio em animais enfermos. Neste contexto, é necessário conhecer o perfil bioquímico dos compostos oxidantes e antioxidantes na rotina clínico-hospitalar de pequenos e grandes animais. O presente trabalho objetivou elucidar sobre os mecanismos fisiopatológicos do estresse oxidativo, bem como os métodos de diagnóstico laboratorial disponíveis, para explanar a importância do estresse oxidativo na prática clínica, de modo que a determinação desses compostos seja incluída na rotina médica e hospitalar.
|