| Summary: | O estímulo à expansão de fronteiras agropecuárias tende a localizar mosaicos de uso do solo adversos àqueles recomendados segundo sua aptidão agrícola. A concepção de aptidão agrícola dos solos está fundamentalmente associada à de fragilidade ambiental, entretanto, o produto mapa de aptidão agrícola, quando interpretado sem o amparo dos estudos de fragilidade ambiental, limita a interpretação e planejamento territorial. Com o intuito de evidenciar inconsistências de uso do solo e potenciais impactos ao capital natural nos municípios que compõe o Território Vale do Araguaia-GO, região de importância econômica e ecológica singular ao bioma cerrado, este trabalho analisa comparativamente o uso atual do solo, frente à aptidão agrícola dos mesmos em contraste às fragilidades ambientais evidenciadas nestes municípios, facultando subsidiar a gestão de recursos naturais, mediante o planejamento ambiental e instrumentalizando políticas de desenvolvimento. Os resultados demostram a predominância de municípios com elevadas fragilidades emergentes e aptidão restrita no território Vale do Araguaia-GO, para o uso por pastagens, sob qualquer tipo de manejo, uso predominante no território. Apesar da existência de municípios que apresentam a classe de fragilidade média com boa aptidão para agricultura intensiva, 94% da área do território apresenta fragilidade ambiental intermediária, suscetíveis à problemas decorrentes de manejo agrícola inadequado sobre solos frágeis, o que acentua o risco de processos de degradação ambiental.
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