<b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b>
http://dx.doi.org/10.5902/1984686X4341 Os processos de divulgação e educação em Ciências vêm tomando grande importância, principalmente a partir do último quarto do século passado. Os museus de ciências, enquanto espaços de educação não formal, têm papel importante na ampliação e refinamento des...
Main Authors: | , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2012-03-01
|
Series: | Revista Educação Especial |
Online Access: | https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/4341 |
_version_ | 1797655545784565760 |
---|---|
author | Alessandra Fernandes Bizerra Juliana Bettini Verdiani Cizauskas Glaucia Colli Inglez Milene Tino De Franco |
author_facet | Alessandra Fernandes Bizerra Juliana Bettini Verdiani Cizauskas Glaucia Colli Inglez Milene Tino De Franco |
author_sort | Alessandra Fernandes Bizerra |
collection | DOAJ |
description |
http://dx.doi.org/10.5902/1984686X4341
Os processos de divulgação e educação em Ciências vêm tomando grande importância, principalmente a partir do último quarto do século passado. Os museus de ciências, enquanto espaços de educação não formal, têm papel importante na ampliação e refinamento desses processos e, sendo locais abertos à população, são demandados a desenvolver propostas inclusivas. O Museu de Microbiologia do Instituto Butantan desenvolveu uma série de atividades e materiais educativos sobre microrganismos para facilitar a aproximação entre o público deficiente visual e a cultura científica. No presente estudo procurou-se compreender como os visitantes deficientes visuais interpretam os materiais desenvolvidos, verificar qual o entendimento que o uso desses materiais propicia e estudar os tipos de significados que lhes são dados. Pessoas com deficiência visual foram entrevistadas durante a exploração do material com o auxílio de um áudio-guia e as conversas geradas foram analisadas, estabelecendo-se categorias interpretativas. A categoria mais frequente foi a “Estratégica de Uso” (11,8%), quando os deficientes visuais manifestavam suas impressões sobre como utilizar o Programa MicroToque. Outras duas categorias, “Afetiva de Prazer” (10,2%) e “Perceptiva de Identificação” (8,6%) foram também encontradas. A junção das ferramentas tátil e auditiva foi fundamental para a resolução de problemas e criação de representações visuais, importantes para construção e compreensão de conceitos e facilitando a organização do pensamento teórico. Sugere-se aqui a necessidade de uma organização dos conteúdos que favoreça o estabelecimento de conversas interpretativas conceituais e também a consideração dos conhecimentos prévios de visitantes com deficiência visual na elaboração dos aparatos a eles destinados, o que poderia propiciar maior frequência de outras elaborações conversacionais.
Palavras-chave: Deficientes visuais. Museu de Ciências. Materiais para toque. Conversas de aprendizado.
|
first_indexed | 2024-03-11T17:15:59Z |
format | Article |
id | doaj.art-ebff00afec3740f2a287ea7917bee593 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1984-686X |
language | Portuguese |
last_indexed | 2024-03-11T17:15:59Z |
publishDate | 2012-03-01 |
publisher | Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) |
record_format | Article |
series | Revista Educação Especial |
spelling | doaj.art-ebff00afec3740f2a287ea7917bee5932023-10-20T02:23:21ZporUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM)Revista Educação Especial1984-686X2012-03-01254210.5902/1984686X4341<b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b>Alessandra Fernandes Bizerra0Juliana Bettini Verdiani Cizauskas1Glaucia Colli Inglez2Milene Tino De Franco3Instituto de Biociências da Universidade de São PauloInstituto ButantanInstituto ButantanInstituto Butantan http://dx.doi.org/10.5902/1984686X4341 Os processos de divulgação e educação em Ciências vêm tomando grande importância, principalmente a partir do último quarto do século passado. Os museus de ciências, enquanto espaços de educação não formal, têm papel importante na ampliação e refinamento desses processos e, sendo locais abertos à população, são demandados a desenvolver propostas inclusivas. O Museu de Microbiologia do Instituto Butantan desenvolveu uma série de atividades e materiais educativos sobre microrganismos para facilitar a aproximação entre o público deficiente visual e a cultura científica. No presente estudo procurou-se compreender como os visitantes deficientes visuais interpretam os materiais desenvolvidos, verificar qual o entendimento que o uso desses materiais propicia e estudar os tipos de significados que lhes são dados. Pessoas com deficiência visual foram entrevistadas durante a exploração do material com o auxílio de um áudio-guia e as conversas geradas foram analisadas, estabelecendo-se categorias interpretativas. A categoria mais frequente foi a “Estratégica de Uso” (11,8%), quando os deficientes visuais manifestavam suas impressões sobre como utilizar o Programa MicroToque. Outras duas categorias, “Afetiva de Prazer” (10,2%) e “Perceptiva de Identificação” (8,6%) foram também encontradas. A junção das ferramentas tátil e auditiva foi fundamental para a resolução de problemas e criação de representações visuais, importantes para construção e compreensão de conceitos e facilitando a organização do pensamento teórico. Sugere-se aqui a necessidade de uma organização dos conteúdos que favoreça o estabelecimento de conversas interpretativas conceituais e também a consideração dos conhecimentos prévios de visitantes com deficiência visual na elaboração dos aparatos a eles destinados, o que poderia propiciar maior frequência de outras elaborações conversacionais. Palavras-chave: Deficientes visuais. Museu de Ciências. Materiais para toque. Conversas de aprendizado. https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/4341 |
spellingShingle | Alessandra Fernandes Bizerra Juliana Bettini Verdiani Cizauskas Glaucia Colli Inglez Milene Tino De Franco <b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b> Revista Educação Especial |
title | <b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b> |
title_full | <b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b> |
title_fullStr | <b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b> |
title_full_unstemmed | <b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b> |
title_short | <b> Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia? </b> |
title_sort | b conversas de aprendizagem em museus de ciencias como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos do museu de microbiologia b |
url | https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/4341 |
work_keys_str_mv | AT alessandrafernandesbizerra bconversasdeaprendizagememmuseusdecienciascomoosdeficientesvisuaisinterpretamosmateriaiseducativosdomuseudemicrobiologiab AT julianabettiniverdianicizauskas bconversasdeaprendizagememmuseusdecienciascomoosdeficientesvisuaisinterpretamosmateriaiseducativosdomuseudemicrobiologiab AT glauciacolliinglez bconversasdeaprendizagememmuseusdecienciascomoosdeficientesvisuaisinterpretamosmateriaiseducativosdomuseudemicrobiologiab AT milenetinodefranco bconversasdeaprendizagememmuseusdecienciascomoosdeficientesvisuaisinterpretamosmateriaiseducativosdomuseudemicrobiologiab |