O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos

Introdução: A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa altamente prevenível. A relevância do parceiro na transmissão da doença é inegável, sendo a subestimação do seu tratamento um grande risco, com graves consequências fetais. Objetivo: Analisar a contribuição do parceiro na inadequação do...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Rute Farias, Izailza Matos Dantas Lopes, Ana Jovina Barreto Bispo, Letícia Goes Santos, Amanda Silveira de Carvalho Dantas
Format: Article
Language:English
Published: Zeppelini Editorial e Comunicacao 2023-08-01
Series:DST
Subjects:
Online Access:https://www.bjstd.org/revista/article/view/1368
_version_ 1797730012723412992
author Rute Farias
Izailza Matos Dantas Lopes
Ana Jovina Barreto Bispo
Letícia Goes Santos
Amanda Silveira de Carvalho Dantas
author_facet Rute Farias
Izailza Matos Dantas Lopes
Ana Jovina Barreto Bispo
Letícia Goes Santos
Amanda Silveira de Carvalho Dantas
author_sort Rute Farias
collection DOAJ
description Introdução: A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa altamente prevenível. A relevância do parceiro na transmissão da doença é inegável, sendo a subestimação do seu tratamento um grande risco, com graves consequências fetais. Objetivo: Analisar a contribuição do parceiro na inadequação do tratamento da gestante e na incidência dos casos de sífilis congênita em Sergipe entre 2005 e 2022. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, através da coleta de casos notificados de sífilis congênita do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Observou-se um aumento considerável do número de casos notificados de sífilis congênita em Sergipe nos últimos 17 anos, com o predomínio de parceiros não tratados (61,5%) em relação aos tratados (14,9%), descontando-se os 23,6% que tiveram essa informação ignorada. Destacam-se as variações apresentadas a partir de 2018, decorrentes da amenização implementada na notificação dos dados do parceiro, com uma média de 23,7% de informações ignoradas. Consequentemente, o diagnóstico de sífilis congênita recente foi encontrado em 83,7% dos recém-nascidos cujos pais não foram tratados, além de 50% dos casos de infecção tardia e a maioria dos casos de natimortos/aborto (92,6%) e óbitos pelo agravo (78,8%). Outrossim, a não inclusão do parceiro na assistência pré-natal (83%) contribuiu majoritariamente nos atrasos no diagnóstico da sífilis materna, sendo 90,1% no parto/curetagem, 76,7% após o parto, além de 77,2% delas que nem mesmo foram identificadas com a doença. Conclusão: Além do aumento de casos de sífilis congênita, houve predomínio de parceiros não tratados, coincidindo com as mudanças nos critérios de notificação em 2018, o que contribuiu para a maioria dos casos de atraso no diagnóstico materno, reinfecção e transmissão vertical. Assim, a abordagem do parceiro é imprescindível para garantia do tratamento e da interrupção da transmissão da doença.
first_indexed 2024-03-12T11:38:00Z
format Article
id doaj.art-ec38f7b5564d44fba646d711edea7065
institution Directory Open Access Journal
issn 2177-8264
language English
last_indexed 2024-03-12T11:38:00Z
publishDate 2023-08-01
publisher Zeppelini Editorial e Comunicacao
record_format Article
series DST
spelling doaj.art-ec38f7b5564d44fba646d711edea70652023-09-01T04:06:52ZengZeppelini Editorial e ComunicacaoDST2177-82642023-08-013510.5327/DST-2177-8264-2023351368O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anosRute Farias0 Izailza Matos Dantas Lopes1Ana Jovina Barreto Bispo2Letícia Goes Santos3Amanda Silveira de Carvalho Dantas4Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil. Emails: Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil. Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil. Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil. Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil. Introdução: A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa altamente prevenível. A relevância do parceiro na transmissão da doença é inegável, sendo a subestimação do seu tratamento um grande risco, com graves consequências fetais. Objetivo: Analisar a contribuição do parceiro na inadequação do tratamento da gestante e na incidência dos casos de sífilis congênita em Sergipe entre 2005 e 2022. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, através da coleta de casos notificados de sífilis congênita do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Observou-se um aumento considerável do número de casos notificados de sífilis congênita em Sergipe nos últimos 17 anos, com o predomínio de parceiros não tratados (61,5%) em relação aos tratados (14,9%), descontando-se os 23,6% que tiveram essa informação ignorada. Destacam-se as variações apresentadas a partir de 2018, decorrentes da amenização implementada na notificação dos dados do parceiro, com uma média de 23,7% de informações ignoradas. Consequentemente, o diagnóstico de sífilis congênita recente foi encontrado em 83,7% dos recém-nascidos cujos pais não foram tratados, além de 50% dos casos de infecção tardia e a maioria dos casos de natimortos/aborto (92,6%) e óbitos pelo agravo (78,8%). Outrossim, a não inclusão do parceiro na assistência pré-natal (83%) contribuiu majoritariamente nos atrasos no diagnóstico da sífilis materna, sendo 90,1% no parto/curetagem, 76,7% após o parto, além de 77,2% delas que nem mesmo foram identificadas com a doença. Conclusão: Além do aumento de casos de sífilis congênita, houve predomínio de parceiros não tratados, coincidindo com as mudanças nos critérios de notificação em 2018, o que contribuiu para a maioria dos casos de atraso no diagnóstico materno, reinfecção e transmissão vertical. Assim, a abordagem do parceiro é imprescindível para garantia do tratamento e da interrupção da transmissão da doença. https://www.bjstd.org/revista/article/view/1368SífilisCongênitaParceiroTransmissão
spellingShingle Rute Farias
Izailza Matos Dantas Lopes
Ana Jovina Barreto Bispo
Letícia Goes Santos
Amanda Silveira de Carvalho Dantas
O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos
DST
Sífilis
Congênita
Parceiro
Transmissão
title O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos
title_full O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos
title_fullStr O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos
title_full_unstemmed O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos
title_short O papel crucial do parceiro na incidência dos casos de sífilis congênita no estado de Sergipe: uma análise em 17 anos
title_sort o papel crucial do parceiro na incidencia dos casos de sifilis congenita no estado de sergipe uma analise em 17 anos
topic Sífilis
Congênita
Parceiro
Transmissão
url https://www.bjstd.org/revista/article/view/1368
work_keys_str_mv AT rutefarias opapelcrucialdoparceironaincidenciadoscasosdesifiliscongenitanoestadodesergipeumaanaliseem17anos
AT izailzamatosdantaslopes opapelcrucialdoparceironaincidenciadoscasosdesifiliscongenitanoestadodesergipeumaanaliseem17anos
AT anajovinabarretobispo opapelcrucialdoparceironaincidenciadoscasosdesifiliscongenitanoestadodesergipeumaanaliseem17anos
AT leticiagoessantos opapelcrucialdoparceironaincidenciadoscasosdesifiliscongenitanoestadodesergipeumaanaliseem17anos
AT amandasilveiradecarvalhodantas opapelcrucialdoparceironaincidenciadoscasosdesifiliscongenitanoestadodesergipeumaanaliseem17anos