Autorrepresentação indígena como política de identidades em luta

Desde a chegada portuguesa ao Brasil, em 1500, os povos originários foram representados pelo viés eurocêntrico. Foi assim nas cartas dos primeiros exploradores enviadas à Coroa, nos sermões de catequização, nas pinturas feitas durante expedições que documentaram o território e, mais tarde, em livro...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Monica Kaseker, Adriana Nakamura Gallassi, Lucas Fernando Ribeiro
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Fluminense 2022-05-01
Series:Mídia e Cotidiano
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uff.br/midiaecotidiano/article/view/53387
Description
Summary:Desde a chegada portuguesa ao Brasil, em 1500, os povos originários foram representados pelo viés eurocêntrico. Foi assim nas cartas dos primeiros exploradores enviadas à Coroa, nos sermões de catequização, nas pinturas feitas durante expedições que documentaram o território e, mais tarde, em livros, materiais didáticos, audiovisuais e jornalísticos. O giro decolonial começa no final do Século XX, quando indígenas brasileiros passam a registrar e publicar imagens e narrativas próprias. Por meio de pesquisa teórica e revisão bibliográfica, na perspectiva dos Estudos Culturais e Decoloniais, constata-se que a comunicação consiste no elemento central das políticas de identidade indígena e a autorrepresentação demarca a  ruptura com a imagem do índio genérico, estereotipado e parado no tempo, o que consideramos uma política de identidades em luta.
ISSN:2178-602X