CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E MANEJO CLÍNICO DE CRIANÇAS COM PTI ATENDIDAS NA FUNDAÇÃO HEMOAM
Introdução: A trombocitopenia imune primária (PTI) é uma doença hematológica caracterizada pela diminuição na contagem das plaquetas (< 100.000/mm3). A destruição das plaquetas ocorre por meio de anticorpos antiplaquetários que também podem afetar os megacariócitos a nível da medula. Os pacientes...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2021-10-01
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Series: | Hematology, Transfusion and Cell Therapy |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137921006180 |
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author | RB Aguiar EP Almeida RAL Aguiar |
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description | Introdução: A trombocitopenia imune primária (PTI) é uma doença hematológica caracterizada pela diminuição na contagem das plaquetas (< 100.000/mm3). A destruição das plaquetas ocorre por meio de anticorpos antiplaquetários que também podem afetar os megacariócitos a nível da medula. Os pacientes podem apresentar sangramento cutâneo e/ou mucoso e, em casos críticos, hemorragias com risco de vida. É a principal causa de trombocitopenia na infância e a despeito de ser uma patologia relativamente comum, há poucos dados disponíveis acerca da sua epidemiologia e de seu manejo clínico no Amazonas. Essa pesquisa mostra o perfil epidemiológico e as condutas indicadas no principal centro de referência em diagnóstico e tratamento de doenças hematológicas no estado (Fundação HEMOAM). Objetivo geral: Caracterizar os pacientes pediátricos diagnosticados com PTI atendidos na Fundação HEMOAM. Objetivos específicos: Descrever os dados demográficos dos pacientes diagnosticados com PTI atendidos entre janeiro de 2014 a janeiro de 2018; Descrever a apresentação clínica (manifestações hemorrágicas e história prévia de vacinas e infecções) e laboratorial dos pacientes (valor da plaqueta) ao diagnóstico; Descrever o número de pacientes que foram submetidos ao tratamento medicamentoso (uso de corticoide ou imunoglobulina) ou à conduta expectante como terapêutica inicial. Material e métodos: O estudo foi retrospectivo e realizado através de levantamento de prontuário médico. Houve submissão e aprovação pelo comitê de ética. A população de estudo foi composta pelos pacientes do estado do Amazonas na faixa etária pediátrica atendidos com diagnóstico de PTI. As variáveis de interesse foram o sexo, idade, naturalidade, procedência, história prévia de infecção e/ou vacinação, presença de manifestação hemorrágica, valor da plaqueta ao diagnóstico e conduta terapêutica escolhida. Os dados foram analisados através de estatística descritiva. Resultados: Entre os casos de PTI, 59,4% eram meninas e 40,6% meninos. As idades variaram de 2 meses a 14 anos e a faixa etária mais acometida foi de 0 a 4 anos (43,8%). Em sua maioria os pacientes eram naturais e procedentes da capital-Manaus (75,9% e 77,4% respectivamente). A história de infecção prévia foi relatada por 53,1% dos pacientes sendo a maioria infecções de vias aéreas superiores (70,6%). Manifestações hemorrágicas foram descritas em 93,8% dos casos sendo que a apresentação mais frequente foi a de sangramento cutâneo. 34,4% das crianças apresentaram contagem de plaquetas < 10.000. Em relação à conduta inicial, 50% foi expectante e 50% medicamentosa, sendo que em 87,5% dos casos tratados foi utilizado corticosteroide e 12,5% imunoglobulina intravenosa. Discussão: Esta pesquisa confirmou os dados da literatura referentes aos conceitos diagnóticos da doença e às características dos pacientes. Em relação à conduta terapêutica há bastante divergência na literatura, o que se mostrou presente na pesquisa, haja vista a divisão em 50% para cada opção (expectante ou medicamentosa). Observou-se que o medicamento de escolha foi o corticoesteróide oral, provavelmente pelo seu baixo custo e facilidade posológica, ainda que possuindo diversos efeitos colaterais. Conclusão: A despeito de poucos dados publicados sobre o tema na região e por ser uma doença hematológica frequente, espera-se que essa pesquisa venha contribuir com informações acerca do perfil clínico-epidemiológico e da abordagem terapêutica da PTI no Amazonas. |
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