Reconstrução morfoestratigráfica e evolução de encosta em unidade de relevo de baixa ordem no Quaternário Superior: o caso da Superfície de Cimeira de Pinhão/Guarapuava -Sul do Brasil

<p><span>Esse trabalho teve como objetivo apresentar um modelo evolutivo para encosta em unidade de relevo de baixa </span><span>ordem na Superfície de cimeira de Pinhã</span><span>o/Guarapuava, com base na reconstrução morfoestratigráfica e pedossedimentar das &l...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Vitor Hugo Rosa Biffi, Julio Cesar Paisani
Format: Article
Language:English
Published: União da Geomorfologia Brasileira 2021-06-01
Series:Revista Brasileira de Geomorfologia
Subjects:
Online Access:http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/2000
Description
Summary:<p><span>Esse trabalho teve como objetivo apresentar um modelo evolutivo para encosta em unidade de relevo de baixa </span><span>ordem na Superfície de cimeira de Pinhã</span><span>o/Guarapuava, com base na reconstrução morfoestratigráfica e pedossedimentar das </span><span>formações superficiais. Para tanto, foi descrito seção estratigráfica que, em conjunto com análises laboratoriais, permitiram</span><span>estabelecer os processos morfogenéticos e evoluti</span><span>vos ao longo do Quaternário Superior. Os resultados indicam sequência </span><span>estratigráfica constituída por paleossolo enterrado na base, sobreposto por três sequências coluviais e uma sequência </span><span>colúvio</span><span>-</span><span>aluvial. As descrições pedoestratigráficas dos níveis sedime</span><span>ntares indicaram a presença de nove horizontes </span><span>pedoestratigráficos, cuja gênese e evolução é função da dinâmica entre pedogênese e morfogênese ocorrida no final do </span><span>Pleistoceno e ao longo do Holoceno. Os dados obtidos pela descrição micromorfológica sugerem</span><span>a atuação de escoamento </span><span>superficial e fluxos gravitacionais no retrabalhamento dos materiais ao longo da encosta. Tais fenômenos foram </span><span>correlacionados aos resultados encontrados para a Superfície de Palmas/Caçador, setor guia de sinais paleoambientais </span><span>reg</span><span>ionais das superfícies de cimeira do Planalto Vulcânico na região sul. As idades obtidas por meio de </span><span>14</span><span>C e LOE sugerem </span><span>que a morfogênese atuou desde o final do Último Máximo Glacial até o Holoceno, materializados sob depósitos de colúvio e </span><span>colúvio</span><span>-</span><span>alúvio. </span><span>No Holoceno Médio registra</span><span>-</span><span>se incisão erosiva linear (voçorocas), cuja colmatação ocorreu ao longo do </span><span>Holoceno Superior (MIS 1). A pedogênese progressiva atuou principalmente no Último Máximo Glacial, e entre os episódios </span><span>de sedimentação das unidades coluv</span><span>iais. Em conjunto, a atuação da morfogênese e pedogênese regressiva provocaram </span><span>parcial inversão do relevo, decorrente da erosão dos materiais da alta/média encosta e sedimentação na média/baixa encosta.</span></p>
ISSN:1519-1540
2236-5664