Entre o espaço doméstico e o espaço social: uma leitura do romance A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2016), de Martha Batalha
O romance A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2016), de Martha Batalha, aborda, entre outras questões, as respectivas limitações sociais impostas nas relações de gênero, principalmente mediante as dinâmicas domésticas entre a protagonista da narrativa, Eurídice, e seu marido Antenor. Ao enfatizar...
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Format: | Article |
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Published: |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
2023-08-01
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Series: | LínguaTec |
Online Access: | https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/LinguaTec/article/view/6627 |
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author | Dudlei Floriano de Oliveira Alfeu Sparemberger |
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O romance A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2016), de Martha Batalha, aborda, entre outras questões, as respectivas limitações sociais impostas nas relações de gênero, principalmente mediante as dinâmicas domésticas entre a protagonista da narrativa, Eurídice, e seu marido Antenor. Ao enfatizar os ambientes pelos quais circulam as personagens, o livro evidencia o simbolismo do espaço da narrativa como potencializador das possibilidades e obstáculos socialmente impostos a homens e a mulheres, seja em locais públicos, como escritórios, ou privados, como a cozinha. Dentro dessas ambientações públicas e privadas, observa-se, também, a gradação de espaços menores, como gavetas, igualmente representativas de outras características psicológicas das personagens. Gaston Bachelard, em A Poética do Espaço (1978), argumenta que a ambientação literária apresenta diferentes matizes de personalidade e de metáfora na literatura. A permissão ou restrição de frequentar determinados espaços em razão do gênero corrobora as preocupações, apontadas por Simone de Beauvoir em O Segundo Sexo (1980), de que a sociedade permite ao homem transitar por entre distintos lugares, enquanto à mulher cabem lugares restritos e predeterminados, numa atribuição social de irrelevância e invisibilidade. Por meio de uma leitura sobre gênero e espaço no romance analisado, este trabalho busca estudar a relação entre os diversos espaços ocupados pelas diferentes personagens da obra e o simbolismo que esses espaços representam.
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spelling | doaj.art-edf6ffbe7082441c874b97a9637ac9b62023-08-10T12:46:47ZengInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)LínguaTec2525-34252023-08-018210.35819/linguatec.v8.n2.6627Entre o espaço doméstico e o espaço social: uma leitura do romance A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2016), de Martha BatalhaDudlei Floriano de Oliveira0Alfeu Sparemberger1IFRS - Campus OsórioUniversidade Federal de Pelotas O romance A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2016), de Martha Batalha, aborda, entre outras questões, as respectivas limitações sociais impostas nas relações de gênero, principalmente mediante as dinâmicas domésticas entre a protagonista da narrativa, Eurídice, e seu marido Antenor. Ao enfatizar os ambientes pelos quais circulam as personagens, o livro evidencia o simbolismo do espaço da narrativa como potencializador das possibilidades e obstáculos socialmente impostos a homens e a mulheres, seja em locais públicos, como escritórios, ou privados, como a cozinha. Dentro dessas ambientações públicas e privadas, observa-se, também, a gradação de espaços menores, como gavetas, igualmente representativas de outras características psicológicas das personagens. Gaston Bachelard, em A Poética do Espaço (1978), argumenta que a ambientação literária apresenta diferentes matizes de personalidade e de metáfora na literatura. A permissão ou restrição de frequentar determinados espaços em razão do gênero corrobora as preocupações, apontadas por Simone de Beauvoir em O Segundo Sexo (1980), de que a sociedade permite ao homem transitar por entre distintos lugares, enquanto à mulher cabem lugares restritos e predeterminados, numa atribuição social de irrelevância e invisibilidade. Por meio de uma leitura sobre gênero e espaço no romance analisado, este trabalho busca estudar a relação entre os diversos espaços ocupados pelas diferentes personagens da obra e o simbolismo que esses espaços representam. https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/LinguaTec/article/view/6627 |
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