Niétotchka, de Dostoiévski, e Júlia, de Aline Bei: existências dolorosas e construções inacabadas à luz da psicanálise

Dostoiévski, um dos maiores escritores russos, autor de obras como Os Irmãos Karamázov (1879), de acordo com Freud, foi “o mais grandioso romance já escrito”. Aline Bei, por sua vez, desponta no cenário da literatura a partir de seu primeiro romance, O Peso do Pássaro Morto (2017). A despeito da fam...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernando Guimarães Saves
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo (USP) 2023-05-01
Series:RUS (São Paulo)
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/207076
Description
Summary:Dostoiévski, um dos maiores escritores russos, autor de obras como Os Irmãos Karamázov (1879), de acordo com Freud, foi “o mais grandioso romance já escrito”. Aline Bei, por sua vez, desponta no cenário da literatura a partir de seu primeiro romance, O Peso do Pássaro Morto (2017). A despeito da fama, do espaço geográfico, do contexto histórico e dos quase dois séculos que os separam, é possível estabelecer uma fronteira entre os dois autores? Pois é precisamente este o objetivo deste artigo, que procurou comparar as obras Niétotchka Niezvânova e Pequena Coreografia do Adeus, dos respectivos autores, a fim de demarcar um terreno onde as similaridades e as diferenças possam ser identificadas e alinhavadas à luz do conhecimento freudiano. Tomando-se as experiências singulares e as idiossincrasias das protagonistas Niétotchka e Júlia, este artigo buscou aprofundar algumas questões de especial interesse para os estudiosos da psique, demonstrando que, independentemente da época e do contexto histórico-cultural, alguns temas tocam os indivíduos de forma similar, aproximando-os na grande experiência da existência humana.
ISSN:2317-4765