Summary: | A identidade cultural moçambicana forja-se pela força do diálogo e da articulação funcional de diferentes identidades. Neste particular, a obra de Mia Couto destaca-se pelo modo único como congrega a riqueza desse mecanismo, afirmando-se como um interlocutor original no processo de construção da identidade nacional para o qual concorrem diversos elementos identitários que formam a especificidade moçambicana no conjunto da africanidade. Viajante do tempo, Mia Couto faz a história (e a identidade) moçambicana pela soma de um enorme conjunto de estórias, marca de um conhecimento ancestral que se revela necessário para a construção de um novo paradigma identitário – uma identidade que se constrói no compromisso entre o passado e o presente – que o autor vai afinando em cada nova obra porque se reconhece como “mulato de existências” que anseia pela esperança do futuro
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