APLICAÇÃO DE DADOS ERS, ENVISAT E SENTINEL PARA DETECÇÃO DE MUDANÇAS NOS AMBIENTES COSTEIROS AMAZÔNICOS
Ambientes costeiros são naturalmente vulneráveis a processos morfodinâmicos como erosão e deposição de sedimentos e essa condição se intensifica em condições tropicais úmidas. A costa amazônica é marcada pela elevada descarga de sedimentos e água doce sob influência do rio Amazonas e caracterizada p...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
União da Geomorfologia Brasileira
2017-05-01
|
Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
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Online Access: | http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/998 |
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author | Ulisses Silva Guimarães Igor da Silva Narvaes Maria de Lourdes Bueno Trindade Galo |
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description | Ambientes costeiros são naturalmente vulneráveis a processos morfodinâmicos como erosão e deposição de sedimentos e essa condição se intensifica em condições tropicais úmidas. A costa amazônica é marcada pela elevada descarga de sedimentos e água doce sob influência do rio Amazonas e caracterizada por uma ampla plataforma continental, extensas planícies inundáveis e planaltos mais elevados formados em rochas sedimentares mais antigas. O presente estudo apresenta uma abordagem para mapeamentos morfológicos e detecção de mudanças em zonas costeiras, baseado em dados de radar de abertura sintética (<em>Synthetic Aperture Radar</em>-<em>SAR</em>) em banda C, em áreas com intensa dinâmica costeira e de constante cobertura de nuvens. O método se baseia na cadeia de processamento <em>SAR</em> em amplitude aplicada a um perfil temporal de dados ERS-1/2, ENVISAT e SENTINEL-1A entre 1992 a 2015 e fornecidos pela <em>European Space Agency</em> (ESA). Os ambientes costeiros foram discriminados pela informação primária do coeficiente de retroespalhamento, e dados auxiliares derivados da textura de Haralick e índice de forma. As mudanças costeiras detectadas no período se estenderam por uma área de 646,15 km<sup>2</sup>, com balanço sedimentar erosivo em -2,32 km<sup>2</sup> e sob a taxa de -0,10 km<sup>2</sup>.ano<sup>-1</sup>. O perfil temporal de mudanças costeiras está em equilíbrio e apresentou condição erosiva no período de 1992 a 1993 e 1996 a 1999 e, enquanto que no período de 1993 a 2006 e 2006 a 2015 ocorreu uma condição de acresção. A acurácia do mapeamento dos ambientes e das mudanças costeiras resultaram, respectivamente, em exatidão global de 78,35% e 48,54%, e coeficiente <em>Kappa</em> de 0,65 e 0,32. Os dados ERS, ENVISAT e SENTINEL permitiram mapear satisfatoriamente as mudanças morfológicas no relevo plano e dinâmico da costa amazônica, devido à disponibilidade de uma série histórica de imagens SAR em banda C, com polarização vertical paralela e incidência de íngreme a rasante. Tal aplicação foi essencial ao monitoramento sistemático de linha de costa em escala espacial regional (1:250.000) e escala temporal eventual (anual a decadal) |
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spelling | doaj.art-ef67a4f170e148c69052704049a2fa2a2024-04-02T22:55:26ZengUnião da Geomorfologia BrasileiraRevista Brasileira de Geomorfologia1519-15402236-56642017-05-0118210.20502/rbg.v18i2.998418APLICAÇÃO DE DADOS ERS, ENVISAT E SENTINEL PARA DETECÇÃO DE MUDANÇAS NOS AMBIENTES COSTEIROS AMAZÔNICOSUlisses Silva Guimarães0Igor da Silva Narvaes1Maria de Lourdes Bueno Trindade Galo2Universidade Estadual Paulista Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da AmazôniaInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais / Centro Regional da Amazônia (INPE/CRA) Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, 2651, CEP 66077-830 - Belém, PA, BrasilUniversidade Estadual Paulista / Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNESP/FCT) Rua Roberto Simonsen, 305, CEP 19060-900 - Presidente Prudente, SP, BrasilAmbientes costeiros são naturalmente vulneráveis a processos morfodinâmicos como erosão e deposição de sedimentos e essa condição se intensifica em condições tropicais úmidas. A costa amazônica é marcada pela elevada descarga de sedimentos e água doce sob influência do rio Amazonas e caracterizada por uma ampla plataforma continental, extensas planícies inundáveis e planaltos mais elevados formados em rochas sedimentares mais antigas. O presente estudo apresenta uma abordagem para mapeamentos morfológicos e detecção de mudanças em zonas costeiras, baseado em dados de radar de abertura sintética (<em>Synthetic Aperture Radar</em>-<em>SAR</em>) em banda C, em áreas com intensa dinâmica costeira e de constante cobertura de nuvens. O método se baseia na cadeia de processamento <em>SAR</em> em amplitude aplicada a um perfil temporal de dados ERS-1/2, ENVISAT e SENTINEL-1A entre 1992 a 2015 e fornecidos pela <em>European Space Agency</em> (ESA). Os ambientes costeiros foram discriminados pela informação primária do coeficiente de retroespalhamento, e dados auxiliares derivados da textura de Haralick e índice de forma. As mudanças costeiras detectadas no período se estenderam por uma área de 646,15 km<sup>2</sup>, com balanço sedimentar erosivo em -2,32 km<sup>2</sup> e sob a taxa de -0,10 km<sup>2</sup>.ano<sup>-1</sup>. O perfil temporal de mudanças costeiras está em equilíbrio e apresentou condição erosiva no período de 1992 a 1993 e 1996 a 1999 e, enquanto que no período de 1993 a 2006 e 2006 a 2015 ocorreu uma condição de acresção. A acurácia do mapeamento dos ambientes e das mudanças costeiras resultaram, respectivamente, em exatidão global de 78,35% e 48,54%, e coeficiente <em>Kappa</em> de 0,65 e 0,32. Os dados ERS, ENVISAT e SENTINEL permitiram mapear satisfatoriamente as mudanças morfológicas no relevo plano e dinâmico da costa amazônica, devido à disponibilidade de uma série histórica de imagens SAR em banda C, com polarização vertical paralela e incidência de íngreme a rasante. Tal aplicação foi essencial ao monitoramento sistemático de linha de costa em escala espacial regional (1:250.000) e escala temporal eventual (anual a decadal)http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/998ambientes costeiros amazônicos, radar de abertura sintética e detecção de mudanças. |
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