As Horas: adaptação de Virginia Woolf para o leitor comum

O filme As Horas (2003), de S. Daldry (mesmo diretor do cult Billy Eliot), adaptação cinematográfica do romance homônimo de Michael Cunningham, foi um grande sucesso na época de seu lançamento e rendeu um Oscar à atriz Nicole Kidman. Contudo, pouco se sabe que o filme representa um duplo processo ad...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Carolina de Carvalho Mesquita
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2020-01-01
Series:TradTerm
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/163293
Description
Summary:O filme As Horas (2003), de S. Daldry (mesmo diretor do cult Billy Eliot), adaptação cinematográfica do romance homônimo de Michael Cunningham, foi um grande sucesso na época de seu lançamento e rendeu um Oscar à atriz Nicole Kidman. Contudo, pouco se sabe que o filme representa um duplo processo adaptativo – um deles situado à frente, o outro oculto. Isso porque o próprio livro de Cunningham é, em si, uma adaptação: para escrevê-lo, o autor valeu-se de diversas obras da escritora Virginia Woolf – em especial o romance Mrs. Dalloway, mas também suas cartas e diários. À luz dessas considerações, este trabalho busca focar os processos singulares da “adaptação encoberta” feita por Cunningham em As horas. Isso porque desejamos os interstícios entre teoria da adaptação e teoria literária que possibilitaram trazer, uma vez mais, a escritora modernista Woolf para perto do leitor comum.
ISSN:0104-639X
2317-9511