A virada informacional na Filosofia: alguma novidade no estudo da Mente?

Analisamos o conceito de informação a partir da hipótese de Adams em The informational turn in Philosophy, segundo a qual ocorreu na década de 1950 “uma virada de grande abrangência na Filosofia” com a publicação do artigo de Turing “Computing Machinery and Intelligence”. Adams sustenta que novos ru...

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Bibliographic Details
Main Authors: Maria Eunice Quilici Gonzalez, Mariana Claudia Broens, João Antonio de Moraes
Format: Article
Language:English
Published: Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS 2010-05-01
Series:Revista de Filosofia
Online Access:https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/2230
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author Maria Eunice Quilici Gonzalez
Mariana Claudia Broens
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spelling doaj.art-effea7c70c3e4986969537f6ed3950bc2024-02-02T14:53:17ZengEditora Universitária Champagnat - PUCPRESSRevista de Filosofia0104-44431980-59342010-05-01223013715110.7213/rfa.v22i30.22302242A virada informacional na Filosofia: alguma novidade no estudo da Mente?Maria Eunice Quilici Gonzalez0Mariana Claudia Broens1João Antonio de Moraes2Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)Mestrando em Filosofia do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)Analisamos o conceito de informação a partir da hipótese de Adams em The informational turn in Philosophy, segundo a qual ocorreu na década de 1950 “uma virada de grande abrangência na Filosofia” com a publicação do artigo de Turing “Computing Machinery and Intelligence”. Adams sustenta que novos rumos estariam sendo delineados na pesquisa filosófica tendo como base o conceito de informação no tratamento de questões clássicas, tais como o problema da relação mente-corpo, percepção-ação, a natureza do conhecimento, dentre outros. Concordando parcialmente com Adams, julgamos, entretanto, que sua hipótese enfrenta dificuldades, sendo a mais fundamental delas concernente aos diversos significados atribuídos ao termo “informação”. Argumentamos que ainda que o conceito de informação subjacente à proposta mecanicista de Turing, segundo a qual “pensar é computar”, esteja sendo empregado na Filosofia, isso ocorre não por seu teor mecanicista, mas, principalmente, pelo pressuposto representacionista vigente nessa área. Nesse sentido, a virada informacional na Filosofia não seria inovadora, uma vez que desde os seus primórdios a reflexão filosófica sobre a natureza da mente se apoia no pressuposto representacionista. A novidade residiria não especificamente na proposta de Turing, mas nas reflexões sobre a natureza da informação, especialmente da informação ecológica, e de sua relação com a ação.https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/2230
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