Produções artísticas brancas não são racializadas?

A branquitude configura-se como categoria possível para análises das estruturas sociais no Brasil, sobretudo para pensar o resultado dos processos coloniais que se entremeou nas subjetividades da população. Esse entremear-se interessa aqui no campo da arte contemporânea junto da problematização for...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rodrigo Pedro Casteleira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2022-04-01
Series:Revista Espaço Acadêmico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60263
Description
Summary:A branquitude configura-se como categoria possível para análises das estruturas sociais no Brasil, sobretudo para pensar o resultado dos processos coloniais que se entremeou nas subjetividades da população. Esse entremear-se interessa aqui no campo da arte contemporânea junto da problematização fornecida pela sociologia da arte para discutir o projeto fotográfico Orixás, de Pierre Verger, na perspectiva não da invalidade do conceito de arte, mas das intersecções dispostas desde a identidade do artista. Ela parece ganhar mais expressão talvez por causa de uma patologia social do branco brasileiro, uma teorização discutida por Guerreiro Ramos, capaz de firmar uma disputa auto avaliativa e autodepreciativa contra as condições étnicas de si, desse modo, o artista branco e europeu figuraria uma condição de poder projetada e introjetada pelos processos coloniais.
ISSN:1519-6186