Summary: | Introdução: O padrão de repolarização precoce (RP) tem sido tradicionalmente relacionado como uma variante benigna do eletrocardiograma (ECG). No entanto, desde 2008, quando dois estudos foram publicados por Haïssaguerre et al. e Rosso et al., com evidências de maior prevalência de RP em pessoas acometidas por fibrilação ventricular (FV) primária ou idiopática, esse paradigma tem sido contestado. Objetivo: Realizar uma profunda revisão acerca da RP e atual estado da arte acerca da estratificação de risco nesses pacientes. Métodos: Revisão da literatura acerca do tema avaliando os trabalhos publicados em revistas de alto impacto e a experiência dos especialistas sobre o assunto. Conclusão: A correlação de fatores de risco e o real valor dos vários métodos atualmente disponíveis como possíveis estratificadores de risco ainda são controversos. Avanços nas áreas da genética e biologia molecular podem futuramente auxiliar no entendimento da fisiopatologia e melhor estratificação de risco nessa população. Neste contexto, a padronização da definição e classificação da repolarização precoce mostra-se imperativa, uma vez que servirá de substrato para futuros estudos e pesquisas na área.
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