Quando mais uma série de supino no ginásio acaba o dia como síndroma de Horner
Introdução: O síndroma de Horner representa um importante desafio na prática clínica, uma vez que pode estar associada a uma grande variedade de etiologias. Trata-se de um síndroma rara, que se manifesta classicamente por anisocoria com miose, ptose palpebral e anidrose homolateral devido à perda d...
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Format: | Article |
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2022-12-01
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author | Rodolfo Duarte Margarida Fiel do Carmo Glórias Ferreira David Alexandre Magalhães Pinho |
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Introdução: O síndroma de Horner representa um importante desafio na prática clínica, uma vez que pode estar associada a uma grande variedade de etiologias. Trata-se de um síndroma rara, que se manifesta classicamente por anisocoria com miose, ptose palpebral e anidrose homolateral devido à perda de inervação simpática. Este caso pretende relatar um síndroma de Horner desencadeado após a prática de exercício físico e demonstrar a importância de uma história clínica e de um exame físico detalhados, assim como uma abordagem multidisciplinar na avaliação de um doente com síndroma de Horner em contexto de serviço de urgência.
Descrição do caso: Homem, 51 anos, recorreu ao serviço de urgência por ptose palpebral e dor na hemiface após exercício físico no ginásio. Ao exame físico destacava-se pupilas anisocóricas, com miose à esquerda e ptose palpebral homolateral, sem outros achados. Solicitou-se estudo analítico com hemograma e bioquímica, que não revelou alterações, e angio-tomografia cerebral e dos troncos supra-aórticos que, após uma revisão das imagens que inicialmente pareciam sem alterações, revelou disseção da artéria carótida interna esquerda. O doente foi internado e iniciou terapêutica médica com resolução dos sintomas às 24 horas após a entrada no serviço de urgência, tendo permanecido em vigilância durante 48 horas.
Comentário: Com este caso clínico pretende-se demonstrar que, mesmo perante um diagnóstico de um síndroma potencialmente fatal como é o síndroma de Horner, é possível uma boa evolução clínica com resolução célere das queixas apresentadas. Sendo que para este desiderato foi determinante uma conjugação de fatores, desde a história clínica completa ao exame objetivo minucioso, bem como exames auxiliares de diagnóstico usados de forma criteriosa, num processo integrado entre médicos de diferentes especialidades.
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spelling | doaj.art-f0e7e4f42bcd4c26978b386f4cc890842024-03-20T14:04:50ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812022-12-0138610.32385/rpmgf.v38i6.13391Quando mais uma série de supino no ginásio acaba o dia como síndroma de HornerRodolfo Duarte0Margarida Fiel do Carmo Glórias Ferreira1David Alexandre Magalhães Pinho2USF 3 RiosUSF Rodrigues MiguéisUSF Íris Introdução: O síndroma de Horner representa um importante desafio na prática clínica, uma vez que pode estar associada a uma grande variedade de etiologias. Trata-se de um síndroma rara, que se manifesta classicamente por anisocoria com miose, ptose palpebral e anidrose homolateral devido à perda de inervação simpática. Este caso pretende relatar um síndroma de Horner desencadeado após a prática de exercício físico e demonstrar a importância de uma história clínica e de um exame físico detalhados, assim como uma abordagem multidisciplinar na avaliação de um doente com síndroma de Horner em contexto de serviço de urgência. Descrição do caso: Homem, 51 anos, recorreu ao serviço de urgência por ptose palpebral e dor na hemiface após exercício físico no ginásio. Ao exame físico destacava-se pupilas anisocóricas, com miose à esquerda e ptose palpebral homolateral, sem outros achados. Solicitou-se estudo analítico com hemograma e bioquímica, que não revelou alterações, e angio-tomografia cerebral e dos troncos supra-aórticos que, após uma revisão das imagens que inicialmente pareciam sem alterações, revelou disseção da artéria carótida interna esquerda. O doente foi internado e iniciou terapêutica médica com resolução dos sintomas às 24 horas após a entrada no serviço de urgência, tendo permanecido em vigilância durante 48 horas. Comentário: Com este caso clínico pretende-se demonstrar que, mesmo perante um diagnóstico de um síndroma potencialmente fatal como é o síndroma de Horner, é possível uma boa evolução clínica com resolução célere das queixas apresentadas. Sendo que para este desiderato foi determinante uma conjugação de fatores, desde a história clínica completa ao exame objetivo minucioso, bem como exames auxiliares de diagnóstico usados de forma criteriosa, num processo integrado entre médicos de diferentes especialidades. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/13391Síndroma de HornerDisseção da artéria carótidaGinásioExame neurológico |
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