Acompanhamento da rotina de um centro cirúrgico: há um protocolo de cirurgia segura?

A cirurgia tornou-se parte integrante do cuidado em saúde no mundo. Estima-se que 234 milhões de cirurgias sejam realizadas anualmente. As complicações cirúrgicas são comuns e frequentemente evitáveis. Atualmente, a melhoria da segurança do paciente e da qualidade da assistência à saúde tem recebid...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: JULIANA GALAZINI AMARAL, FABENE ETIANE SILVA OLIVEIRA
Format: Article
Language:English
Published: Editora Uningá 2013-06-01
Series:Revista Uningá
Online Access:https://revista.uninga.br/uninga/article/view/1109
Description
Summary:A cirurgia tornou-se parte integrante do cuidado em saúde no mundo. Estima-se que 234 milhões de cirurgias sejam realizadas anualmente. As complicações cirúrgicas são comuns e frequentemente evitáveis. Atualmente, a melhoria da segurança do paciente e da qualidade da assistência à saúde tem recebido atenção especial. A hipótese levantada neste estudo foi a de observação e análise da existência de uma Lista de Verificação, dirigida à melhoria da comunicação e à consistência do cuidado, reduziria complicações e óbitos associados à cirurgia. Busca-se com isso, a redução de infecção do local a ser operado, além das complicações relacionadas à anestesia. O objetivo do estudo foi o de acompanhar a rotina do Centro Cirúrgico de um hospital do interior do Estado de São Paulo, para observar a existência de um protocolo de cirurgia segura. Tal medida foi interpretada como um processo que visa melhorar o atendimento ao paciente, proporcionando – lhe segurança, acolhimento e interação entre equipe cirúrgica e paciente; sendo um ato de proteção e guarida. A relação entre a equipe de enfermagem, médicos e pacientes é de fundamental importância para a percepção e a experiência cirúrgica. Entre as medidas de proteção destacou – se a atenção ao paciente e o preenchimento do checklist de cirurgia segura. A observação foi realizada em um procedimento cirúrgico de mastectomia e o outro em ureteroscopia. Constatou-se no primeiro procedimento, a inexistência de um Checklist preenchido formalmente, de acordo com as orientações da OMS. Algumas questões a serem abordadas foram realizadas verbalmente, no entanto, não supriram as necessidades contempladas na Lista de Verificação. Na observação realizada no procedimento cirúrgico de uma ureteroscopia, constatou-se uma maior atenção dada a alguns itens do protocolo de cirurgia segura; no entanto, tais itens foram abordados de forma verbal, sem a existência do preenchimento do checklist. Já está comprovado que o funcionamento da equipe cirúrgica de modo integrado, reduz taxas de eventos adversos. É considerado de suma importância a prática em questão de procedimentos que garantam segurança ao paciente em procedimentos cirúrgicos, porém percebeu-se a dificuldade na efetiva implantação, por parte de alguns profissionais da área da saúde, que dão pouca importância a esse procedimento burocrático. Mudar essa cultura é uma questão de organização interna e treinamento da equipe.
ISSN:2318-0579