Ventilação não invasiva em pacientes em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: fatores associados à falha
RESUMO Objetivo Avaliar a eficácia da ventilação mecânica não invasiva (VNI) em prevenir a intubação orotraqueal em uma população heterogênea de pacientes pediátricos e identificar os fatores preditivos associados à sua falha em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Métodos Estudo clínic...
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Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
2020-08-01
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| Series: | Jornal Brasileiro de Pneumologia |
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| author | Rosângela Aparecida Alves Grande Gabriela Albuquerque Fernandes Daniela Pascoal Andrade Natasha Yumi Matsunaga Therezinha de Oliveira Celize Cruz Bresciani Almeida Milena Antonelli Cohen |
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| description | RESUMO Objetivo Avaliar a eficácia da ventilação mecânica não invasiva (VNI) em prevenir a intubação orotraqueal em uma população heterogênea de pacientes pediátricos e identificar os fatores preditivos associados à sua falha em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Métodos Estudo clínico, prospectivo não randomizado, com pacientes de 0 a 10 anos de idade internados em UTIP com indicação de VNI, que apresentaram insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. Foram avaliados parâmetros demográficos, clínicos e cardiorrespiratórios, e os pacientes que não evoluíram para tubo orotraqueal (TOT) por 48 horas após retirada da VNI foram classificados como “grupo sucesso”. O “grupo falha” necessitou de TOT. Para identificar os fatores preditores para falha na prevenção de TOT, foi realizada a regressão logística multivariada. Resultados Foram incluídos 52 pacientes, sendo 27 (51,9%) meninos, com idade mediana de 6 (1-120) meses. Ao avaliar a eficácia da VNI, 36 (69,2%) pacientes apresentaram sucesso, sem necessidade de TOT. Após análise dos fatores preditivos para pertencer ao “grupo falha”, os pacientes com taquipneia após 2 horas da colocação da VNI apresentaram 4,8 vezes mais chances de necessitar de TOT em 48 horas. Independentemente do desfecho, foram observados diminuição da frequência cardíaca (p < 0,001) e da frequência respiratória (p < 0,001) e aumento da saturação periférica de oxigênio (p < 0,001) 2 horas após a colocação da VNI. Conclusão A utilização da VNI foi eficaz na população estudada, com melhora significativa nos parâmetros cardiorrespiratórios 2 horas após a colocação da VNI, sendo a presença de taquipneia um fator preditivo para falha na prevenção de TOT. |
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| spelling | doaj.art-f2179bf96717459e94b3298eb87916072022-12-22T04:12:25ZengSociedade Brasileira de Pneumologia e TisiologiaJornal Brasileiro de Pneumologia1806-37562020-08-0146610.36416/1806-3756/e20180053Ventilação não invasiva em pacientes em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: fatores associados à falhaRosângela Aparecida Alves Grandehttps://orcid.org/0000-0003-1984-1849Gabriela Albuquerque Fernandeshttps://orcid.org/0000-0003-3031-795XDaniela Pascoal Andradehttps://orcid.org/0000-0001-9700-2878Natasha Yumi Matsunagahttps://orcid.org/0000-0002-5467-6482Therezinha de Oliveirahttps://orcid.org/0000-0001-7374-990XCelize Cruz Bresciani Almeidahttps://orcid.org/0000-0002-3865-6000Milena Antonelli Cohenhttps://orcid.org/0000-0002-6426-2662RESUMO Objetivo Avaliar a eficácia da ventilação mecânica não invasiva (VNI) em prevenir a intubação orotraqueal em uma população heterogênea de pacientes pediátricos e identificar os fatores preditivos associados à sua falha em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Métodos Estudo clínico, prospectivo não randomizado, com pacientes de 0 a 10 anos de idade internados em UTIP com indicação de VNI, que apresentaram insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. Foram avaliados parâmetros demográficos, clínicos e cardiorrespiratórios, e os pacientes que não evoluíram para tubo orotraqueal (TOT) por 48 horas após retirada da VNI foram classificados como “grupo sucesso”. O “grupo falha” necessitou de TOT. Para identificar os fatores preditores para falha na prevenção de TOT, foi realizada a regressão logística multivariada. Resultados Foram incluídos 52 pacientes, sendo 27 (51,9%) meninos, com idade mediana de 6 (1-120) meses. Ao avaliar a eficácia da VNI, 36 (69,2%) pacientes apresentaram sucesso, sem necessidade de TOT. Após análise dos fatores preditivos para pertencer ao “grupo falha”, os pacientes com taquipneia após 2 horas da colocação da VNI apresentaram 4,8 vezes mais chances de necessitar de TOT em 48 horas. Independentemente do desfecho, foram observados diminuição da frequência cardíaca (p < 0,001) e da frequência respiratória (p < 0,001) e aumento da saturação periférica de oxigênio (p < 0,001) 2 horas após a colocação da VNI. Conclusão A utilização da VNI foi eficaz na população estudada, com melhora significativa nos parâmetros cardiorrespiratórios 2 horas após a colocação da VNI, sendo a presença de taquipneia um fator preditivo para falha na prevenção de TOT.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132020000600207&tlng=ptVentilação não invasivaUnidades de terapia intensivaPediatriaVentilação artificial |
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