Germinação in vitro de moringa (Moringa oleifera L.)
A moringa (Moringa oleifera L.) é uma árvore da família Moringaceae, e destaca-se pelo uso intensivo das propriedades químicas de suas sementes, sendo um dos mais promissores coaguladores naturais. O cultivo in vitro é um procedimento significante na propagação de diferentes espécies. O objetivo do...
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Format: | Article |
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Published: |
Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais
2007-06-01
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Series: | Ornamental Horticulture |
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Online Access: | https://rbho.emnuvens.com.br/rbho/article/view/1800 |
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author | Caroline Araújo Machado Karla Cristina Santos Freire Lucas Fonseca Menezes Oliveira Ana da Silva Lédo Maria Salete Alves Rangel Sarah Brandão Santa Cruz Barboza |
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A moringa (Moringa oleifera L.) é uma árvore da família Moringaceae, e destaca-se pelo uso intensivo das propriedades químicas de suas sementes, sendo um dos mais promissores coaguladores naturais. O cultivo in vitro é um procedimento significante na propagação de diferentes espécies. O objetivo do presente trabalho foi obter o protocolo para o estabelecimento inicial de plântulas assépticas de moringa a partir da germinação in vitro. Sementes coletadas de vagens maduras de plantas adultas foram lavadas em água corrente com remoção do tegumento e, em câmara de fluxo laminar, submetidas à imersão em álcool 70% (v/v) por 30 segundos e, em seguida, em diferentes concentrações de hipoclorito de sódio (NaOCl): T1=1-1,25% (v/v) e T2= 2-2,50% (v/v) por 10 minutos. As sementes foram inoculadas em diferentes meios de cultura (T1 = MS, T2 = ½ MS e T3 = água e ágar 0,6%). O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial de 3 x 2 (três meios de cultura x duas concentrações de NaOCl) com quatro repetições. Cada parcela foi constituída de três frascos contendo duas sementes. Foi avaliada aos 10 dias a porcentagem de germinação e aos 30 dias a porcentagem de contaminação. O início da germinação com a emissão da radícula foi observado aos sete dias após a inoculação. Não houve efeito significativo da interação entre os fatores e da concentração de NaOCl na porcentagem de germinação. Entretanto, nos meios de cultura T2 e T3 observou-se maior porcentagem de germinação das sementes (54,17%) quando comparados com T1 (16,67%). Não houve efeito significativo dos fatores na porcentagem de contaminação que foi apenas de 1,4%. Observou-se nas primeiras 24 horas após a inoculação das sementes o início da coagulação do meio de cultura. Os cotilédones das sementes de moringa contêm polissacarídeos com forte poder aglutinante e propriedades de coagulação. A remoção do tegumento das sementes proporcionou o contato desses polissacarídeos com substâncias presentes no meio de cultura que pode ter interferido na germinação das sementes e no desenvolvimento das plântulas. Observaram-se 94,44% de coagulação de meios de cultura inoculados com sementes submetidas a 2,5% de NaOCl e 43% de coagulação em meios com sementes tratadas com 1,25% de NaOCl. Não houve diferenças significativas entre os meios de cultura, sendo observados 70,83%; 65,00% e 70,83% de coagulação dos meios T1, T2 e T3, respectivamente. Estudos comparativos sobre a germinação in vitro de sementes com e sem tegumento deverão ser conduzidos para o estabelecimento de um protocolo de obtenção de plântulas assépticas.
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