Avaliação de estímulos emocionais e reatividade psicofisiológica em pacientes com lesão encefálica adquirida

Introdução: Para o estudo das emoções têm-se utilizado técnicas de autorrelato, nomeadamente, as escalas de valência e de arousal do Self-Assessment Manikin (SAM), que proporcionam uma apreciação cognitiva subjetiva das diferentes dimensões emocionais. No entanto, é legitimo equacionar que esta capa...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fábio Silva, Isabel Almeida, Sandra Guerreiro, Luís Coelho Monteiro
Format: Article
Language:English
Published: Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 2020-03-01
Series:Clinical and Biomedical Research
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/96403
Description
Summary:Introdução: Para o estudo das emoções têm-se utilizado técnicas de autorrelato, nomeadamente, as escalas de valência e de arousal do Self-Assessment Manikin (SAM), que proporcionam uma apreciação cognitiva subjetiva das diferentes dimensões emocionais. No entanto, é legitimo equacionar que esta capacidade de avaliação cognitiva possa estar alterada em pacientes com lesão encefálica adquirida (LEA). Consequentemente, pode haver incongruência na avaliação das suas respostas emocionais. Assim, a avaliação deve incluir outras técnicas complementares, como são as medidas fisiológicas periféricas empiricamente validadas para o estudo das emoções. Método: Avaliamos 36 pacientes com LEA em referência a 33 participantes saudáveis. Ambos os grupos observaram imagens agradáveis, desagradáveis e neutras selecionadas do International Affective Picture System (IAPS), que tinham de classificar através das escalas de valência e de arousal do SAM, enquanto eram registadas as suas respostas fisiológicas periféricas: condutância elétrica da pele (CEP) e ritmo cardíaco (RC). Resultados: Nas técnicas de autorrelato, os pacientes com LEA fazem uma avaliação da valência diferente, independentemente dos estímulos, em relação aos controlos. Já quando consideramos a escala de arousal os pacientes sentem-se mais ativados do que os controlos, exceto nos estímulos desagradáveis. Contudo, os resultados obtidos na medição objetiva dos seus correlatos fisiológicos não são congruentes com a avaliação cognitiva que realizam. Uma vez que, mostraram menor reatividade aos estímulos independentemente da sua condição emocional. Conclusão: Estes resultados mostram que indivíduos com LEA têm dificuldade em fazer uma avaliação coerente do seu estado de ativação fisiológico. Palavras-chave: Emoção; lesão encefálica adquirida; medidas de autorrelato; medidas fisiológicas
ISSN:2357-9730