APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE VEGETAÇÃO POR DIFERENÇA NORMALIZADA NO MONITORAMENTO DOS MANGUEZAIS: LITORAL SUL DE PERNAMBUCO – BRASIL

Análises espaço temporais com a utilização de imagens de satélites e fotografias aéreas detectam prováveis alterações ocorridas em áreas com vegetação. O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NVDI) fornece informações a partir de medidas espectrais para avaliação qualitativa e quantitativa...

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Main Authors: Fátima Verônica Pereira Vila Nova, Maria Fernanda Abrantes Torres, Mariana Pêssoa Coelho, Neiva Marion Guimarães de Santana
Format: Article
Language:Spanish
Published: Editora da Geografia 2013-12-01
Series:Geografares
Online Access:https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/5665
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description Análises espaço temporais com a utilização de imagens de satélites e fotografias aéreas detectam prováveis alterações ocorridas em áreas com vegetação. O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NVDI) fornece informações a partir de medidas espectrais para avaliação qualitativa e quantitativa de fatores diretamente relacionados com a cobertura vegetal, como biomassa e dinâmica entre solo e vegetação. Os sítios de sistemas ecológicos como manguezais, restingas, dunas e ilhas, podem ser avaliados e monitorados a partir das modificações na cobertura vegetal que funciona como um manto protetor dos recursos naturais, e por essa razão, sua distribuição e densidade definem o estado de conservação do ambiente. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar a eficácia do NVDI como ferramenta de monitoramento dos manguezais dos estuários da Bacia do Pina, de Barra das Jangadas e de Ipojuca,  no litoral sul de Pernambuco, Brasil, a fim de subsidiar estratégias de conservação. Com o uso do NDVI observou-se que as áreas colonizadas pelos mangues na Bacia do Pina, na imagem de 1989, foram substituídas pela área urbana e/ou solo exposto no imageamento de 1990 e 2010. A vegetação do manguezal remanescente adensou no mesmo período, indicando a resiliência típica do ecossistema. O fragmento tornou-se ligeiramente quadrado, o que pode potencializar o efeito de borda. Na Barra das Jangadas, o manguezal distribuído ao longo dos rios Pirapama e Jaboatão foi suprimido, principalmente nas margens e extensões próximas ao rio Jaboatão. Ressalta-se a diminuição de vegetação esparsa, principalmente nos períodos de 1989 e 1999, além do aumento do solo exposto e área urbana entre 1989 e 2010 e a recomposição da vegetação densa na última década na face interna do estuário. Constatou-se o mesmo processo de substituição da vegetação densa (mangues) pelas áreas urbanas e/ou solo exposto nos estuários do município de Ipojuca. As transformações no período analisado constituem a resposta espacial às mudanças econômicas que vêm ocorrendo na região e que têm colocado em risco o equilíbrio ambiental local. Assim, o uso do NDVI como ferramenta de monitoramento dos manguezais se mostrou eficaz pelo fato de permitir o acompanhamento de modificações estruturais nas áreas estudadas. Transformações que revelam aspectos importantes das condições ambientais, como o aumento da área urbana, a fragmentação dos remanescentes, a forma como esse se apresenta, informações úteis que podem subsidiar estratégias de conservação.
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