Summary: | O artigo trata das relações entre a escravidão, as projeções de futuro nacional e a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Ele o faz mediante o estudo do experimentalismo do cônego Januário da Cunha Barbosa, entendido, conforme Seymour Drescher, como as práticas efetivas de busca de alternativas de mão de obra à escravidão negra e as reflexões delas decorrentes. Pautado pelo conceito de tempo histórico de Reinhardt Koselleck, o artigo aponta para a importância da escravidão como condição de possibilidade e temática constitutiva da nascente produção historiográfica brasileira. Indica, ainda, a existência de diferentes formas de definir o papel da escravidão nas projeções de futuro esboçadas nos primeiros debates do IHGB.
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