Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière
Aquem da biopolitica têm pelo menos dois sentidos quando nos aproximamos da obra de Jacques Rancière. Refere, por um lado, o enclausuramento da política no domínio do que ele denomina de policia, por parte de certas formas da filosofia contemporânea, a conta de uma relação de uma copertença entre o...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS
2013-05-01
|
Series: | Revista de Filosofia |
Online Access: | https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/499 |
_version_ | 1797330653884186624 |
---|---|
author | Eduardo Pellejero |
author_facet | Eduardo Pellejero |
author_sort | Eduardo Pellejero |
collection | DOAJ |
description | Aquem da biopolitica têm pelo menos dois sentidos quando nos aproximamos da obra de Jacques Rancière. Refere, por um lado, o enclausuramento da política no domínio do que ele denomina de policia, por parte de certas formas da filosofia contemporânea, a conta de uma relação de uma copertença entre o poder e a vida que daria conta do funcionamento das sociedades modernas — nesse sentido, aquem significa uma insuficiência na colocação da questão, o fato de reduzir o problema da política à questão das relações de poder1. Mas aquem da politica refere, por outro lado, a postulação contra-intuitiva da política enquanto processo específico, aquém de toda a partilha policial do sensível, isto é, da política entendida enquanto administração efetiva do comum, seja sob suas figuras históricas hegemónicas, seja sob as suas formas menores emergentes — nesse sentido, aquem diz respeito a um espaço transcendental no qual é possível continuar a colocar a questão da emancipação universal além de qualquer superstição historicista, mas também além de qualquer tentativa de redução da política à ética. Explorar o alcance e os limites desses dois sentidos da reserva crítica de Rancière em relação à questão da biopolítica é o modesto objeto deste artigo. |
first_indexed | 2024-03-08T07:22:50Z |
format | Article |
id | doaj.art-f3d4d286f8b6406f8fbc7d260fdc917c |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0104-4443 1980-5934 |
language | English |
last_indexed | 2024-03-08T07:22:50Z |
publishDate | 2013-05-01 |
publisher | Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS |
record_format | Article |
series | Revista de Filosofia |
spelling | doaj.art-f3d4d286f8b6406f8fbc7d260fdc917c2024-02-02T23:04:17ZengEditora Universitária Champagnat - PUCPRESSRevista de Filosofia0104-44431980-59342013-05-012537355510.7213/aurora.25.037.DS02499Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques RancièreEduardo Pellejero0Universidade Federal do Rio Grande do NorteAquem da biopolitica têm pelo menos dois sentidos quando nos aproximamos da obra de Jacques Rancière. Refere, por um lado, o enclausuramento da política no domínio do que ele denomina de policia, por parte de certas formas da filosofia contemporânea, a conta de uma relação de uma copertença entre o poder e a vida que daria conta do funcionamento das sociedades modernas — nesse sentido, aquem significa uma insuficiência na colocação da questão, o fato de reduzir o problema da política à questão das relações de poder1. Mas aquem da politica refere, por outro lado, a postulação contra-intuitiva da política enquanto processo específico, aquém de toda a partilha policial do sensível, isto é, da política entendida enquanto administração efetiva do comum, seja sob suas figuras históricas hegemónicas, seja sob as suas formas menores emergentes — nesse sentido, aquem diz respeito a um espaço transcendental no qual é possível continuar a colocar a questão da emancipação universal além de qualquer superstição historicista, mas também além de qualquer tentativa de redução da política à ética. Explorar o alcance e os limites desses dois sentidos da reserva crítica de Rancière em relação à questão da biopolítica é o modesto objeto deste artigo.https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/499 |
spellingShingle | Eduardo Pellejero Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière Revista de Filosofia |
title | Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière |
title_full | Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière |
title_fullStr | Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière |
title_full_unstemmed | Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière |
title_short | Aquém da biopolítica: a parte (sem parte) de Jacques Rancière |
title_sort | aquem da biopolitica a parte sem parte de jacques ranciere |
url | https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/499 |
work_keys_str_mv | AT eduardopellejero aquemdabiopoliticaapartesempartedejacquesranciere |