O noturno do tempo em Cicatrices de Juan José Saer
Juan José Saer projeta uma nova perspectiva narrativa a partir da publicação de Cicatrices (1969), em que o essencial é o trabalho meticuloso com a estrutura do romance. Esse debate se consolida no distanciamento da perspectiva, na propagação de uma relação mais objetiva com o mundo. Em Cicatrices p...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2015-11-01
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Series: | Aletria: Revista de Estudos de Literatura |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/8242 |
Summary: | Juan José Saer projeta uma nova perspectiva narrativa a partir da publicação de Cicatrices (1969), em que o essencial é o trabalho meticuloso com a estrutura do romance. Esse debate se consolida no distanciamento da perspectiva, na propagação de uma relação mais objetiva com o mundo. Em Cicatrices pensa-se em prioridade as estruturas do tempo: as personagens debatem-se contra a sucessão temporal e, dessa forma, lançam-se à margem da própria vivência. O tempo atordoa os sentidos impossibilitando que a personagem tenha uma experiência completa o caminho de saída se torna uma relação diferenciada com o mundo. O romance apresenta, assim, quatro vozes que de maneira distinta rivalizam com a diacronia do tempo: o primeiro narrador lança mão da representação, o segundo do jogo, o terceiro da tradução e o último discute a liberdade do homem ou a possibilidade de vencer o destino. Essas ações das personagens são gesticuladas mediante um confronto direto com o tempo e, dessa forma, acentua o seu lugar de eversor da própria experiência.
Palavras-chave: Tempo. Experiência. Perspectiva. Jogo. Representação. |
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ISSN: | 1679-3749 2317-2096 |